quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DESERTO DE SAUDADES


DESERTO DE SAUDADES
(Victtoria Rossini)

Amanheci vagando
Entre o limbo da fantasia e da realidade
Com uma fome insana
Uma sede voraz.

Catando conchas de saudades
E engolindo-as como se fossem pão
Para não morrer
Para sobreviver nesse deserto...
...De Você!

Sem você
Me falta tudo...

Sou ânsia
Angustia
Inacabada
Mal amada
Noite escura.

Sem você volto a ser feto
Sou semente seca
Que retorna à terra
Sempre a tua procura.

BOCA ABERTA NO NINHO


BOCA ABERTA NO NINHO
(Victtoria Rossini)

Sou passarinho
Boca aberta no ninho
Chorando abandono

Quero teu beijo
Preciso do teu cheiro
Vem ser meu dono

Me liga daqui a pouco
Que já digeri o tanto
De saliva que você deixou

Não quero que me traga flores
Nem me lembre dos desamores
Que ficaram lá pra trás

Basta tua presença
Pra eu esquecer toda a ausência
E minha vida virar festa

Teu beijo é comilança
Um abraço vira dança
Um oi já é seresta

_ Te espero no ninho!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

OUVINDO

OUVINDO
(Victtoria Rossini)

Ouvi o sol...
Disse coisas tão grandiosas
Que ainda não entendi

Ouvi a chuva...
Falou de suas viagens
E do que veio fazer aqui

Ouvi o sereno...
Me falou com mansidão
E foi carinho que percebi

Ouvi as arvores...
Transmitiam mensagens
De lugares que nunca vi

Atendi o telefone
Falei com varias pessoas
E ouvi muitos rumores

Olhei pra frente e percebi...
Que nunca tinha ouvido
A pessoa que estava ali

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

EXTENSÃO POÉTICA


EXTENSÃO POÉTICA
(Victtoria Rossini)

Hoje é um daqueles dias
Em que eu e a poesia
Não temos separação.

Não sei onde termina ela
Nem onde começa minha mão

CICLO DE VIDA



CICLO DE VIDA
(Victtoria Rossini)

Nasci...
Ao abrir os olhos
E conhecer você

Vivi...
Ao te ver todo dia
E ser amada até o amanhecer

Adoeci...
Quando teu coração
Já não batia mais
Como louco ao me ver

Morri...
Ao te ver partindo
E mirei teus olhos
Pela ultima vez

Vida..
E morte

Azar?...
Ou sorte?...

Só sei
Que meu ciclo
Se orienta por você

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

INFÂNCIA ROUBADA



INFÂNCIA ROUBADA
(Victtoria Rossini)

A capa prendeu o vento
E o vento estufou a capa
Do menino molhado.
Encharcado de dores
Dos doentes amores
Que o deixaram mutilado.

Capado pra vida
Hoje é fera ferida
Se sentindo culpada.

Traumas de infância
Que faz de crianças
Sofridos animais.

Perdendo a inocência
E junto a decência
Pra tratar os demais.

Quando o mal não sufoca
Se torna uma droga
Para sempre letal.
Criando outros monstros
Que atacam os outros
...Pervertidos sexuais.

* * *
Vi ontem uma criança vítima de abuso, escrevi essa poesia chorando, de pena, de raiva, de impotência....
Espero q meus amigos passem adiante, pra tentarmos pelo menos diminuir o numero de crianças q sofrem dentro das suas proprias casas, onde deveria ser seu refúgio.
E pior na marioria das vezes qdo não ficam inutilizados emocionalmente, as vítimas de hj são os réus de amanhã.
bjs queridos

VIDA SIMPLES



VIDA SIMPLES
(Victtoria Rossini)

Cansei de tudo
Que não é sincero
Agora só quero
O que tem valor

Já estou cansada
De canoa furada
Me enganar por nada
E lutar por amor

Quero as alegrias
Simples da vida
Sorrisos de crianças
E pés no chão

Deitar a cabeça
Em meu travesseiro
E dormir tranqüila
Sentindo tua mão

Não perco mais tempo
Caçando borboletas
Que não duram pra mim
Sequer um verão

Tenho sonhos simples:
Só quero teu beijo
E uma vida plena
De satisfação

ENQUANTO VOCÊ DORMIA


ENQUANTO VOCÊ DORMIA
(Victtoria Rossini)

Enquanto você dormia
Eu vagava a tua volta
Entrava e ficava ao teu lado
Mesmo, que você fechasse a porta

Ajoelhava em tua cama
Relaxava como quem se esparrama
Pra sorrindo te observar
Pra te amar
Pra te abençoar
E Acalmar meu coração
Pedia aos céus por ti
E ficava ali
Até você despertar

Mesmo que não me veja
Ainda refaço o mesmo caminho
Desço dos céus voando
Só pra te olhar dormindo

ESCADAS DA CAVERNA


ESCADAS DA CAVERNA
(Victtoria Rossini)
Quantas vezes não nos postamos no alto das nossas escadas, achando que finalmente descobrimos o segredo de tudo.E que agora, finalmente visualizamos o nosso fim.
Mas no fim...Era apenas uma miragem , uma sombra do nosso medo.
E tão logo a sombra penda para o lado com o advento da luz, viemos que todas as imagens que víamos e antevíamos na nossa vida, eram apenas sombras, nas paredes das nossas cavernas escuras e misteriosas, em que tateamos, orfãos, sós, semi-cegos e apavorados, por não podermos ver quase nada além do nosso próprio umbigo.