quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
RUPTURAS: REENGENHARIA 2009
RUPTURAS: REENGENHARIA 2009
(Victtoria Rossini)
Rompa os versos
Rompa os laços
Rompa os traços
Dentro de ti
Que te fazem ser como ontem
Só projeto
Só objeto
Seja o que sempre quis
Invente o que não se fez
O inimaginável
Pode dar passagem
Ao genial
Dentro de ti
Seja diferente
Seja descrente
De tudo que teus olhos vêem
Se torne irreconhecível
Até para si
O estranho
Que te mira no espelho
Pode te dar mais
Do que você pediu
Ele tem mais
A te dizer
Do que a pessoa
Que você julga ser
Rompa!
Com os padrões
Com as ilusões
Com o projetado
Ouse se reinventar!
sábado, 27 de dezembro de 2008
IMPLODI
IMPLODI
(Victtoria Rossini)
Ao longo da minha vida
Sofri varias rachaduras
Pedradas, golpes, facadas
Que foram me perfurando.
Mas depois que você passou por mim
Todo meu ser implodiu.
Até encontro uns cacos meus
Andando por ai
Eles comem
Dormem
Trabalham
Mas estão desconectados
Com movimentos retardados
E nunca parecem se ver
Quebra-cabeças esparsos
Com dores ocupando espaços
Onde antes eu
Parecia viver.
CORAÇÃO DOENTE
FILIAÇÃO CORRETA
FILIAÇÃO CORRETA
(Victtoria Rossini)
Não sou filha de quem me pariu.
Meu pai e minha mãe de carne
São penas portais
Por onde minha alma passou.
Não sou sua gênese
Eles foram a escolhida matriz
Da célula que me gerou
EU SOU meu pai
EU SOU minha própria mãe
E todos os dias nasço
Todos os dias renasço
Num eterno parto de amor
A cada respirar me faço
A cada pensamento refaço
O caminho até o criador
EU SOU criatura e criador
Energia auto gestada
No princípio do infinito nada
Aqui estou nomeada
Mas unidade é o que sou
Impermanente é como me manifesto
O mundo é meus tentáculos
E ao mesmo tempo castigo.
Porque ao me olhar
Tenho que separar
Aquilo que sou aqui dentro
E aquilo que de mim já emanou
Tudo o que me cerca
È apenas um passado
Que saiu de mim
E já se condensou.
Meus relacionamentos:
Tramas que a energia da vida
Teceu e amarrou.
CANÇÃO DA LUZ
CANÇÃO DA LUZ
(Victtoria Rossini)
Vem comigo!
Vou te mostrar os encantos
Que vivem alem do riso e do canto
Aqueles que se escondem
Nas dobras do manto do tempo
Vem comigo!
Vou te fazer transpor barreiras
Perceber o imperceptível
E ir alem do inimaginável
Vem comigo!
Vou dar de comer da semente
Que faz com que a mente
Do nada se aperceba
Vem comigo!
Vou te dar o equilíbrio
Que nem um vulcão ativo
Fará você trepidar
Vem comigo!
Vou te mostrar tesouros
Que valem mais que o ouro.
Vou te proporcionar prazeres
Que te farão sentir
Que o paraíso é aqui
Vem comigo!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
POETA SENTI-DOR
POETA SENTI-DOR
(Victtoria Rossini)
O poeta é um senti-dor
Sente o que sente
Sente até o que mente
Seu sentido sonhador
Sua emoção aflorada
Vive uma escalada
De diferentes emoções
Martirizando-se em êxtases
Para viver suas paixões
Se ama...Ama á loucura
Se desespera de se rasgar pela rua
Seus medos e desejos
Fluindo pelas pontas dos dedos
Virando letras, sons, musicas , versos
Reconstruindo um universo
Que só os muito sensíveis podem entender
E uns poucos escolhidos
Conseguem nele sobreviver.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
TE VOMITEI
TE VOMITEI
(Victtoria Rossini)
Senti
Vi
Li
Ouvi
E fiquei ali
Por minutos (não segundos)
Sem nem respirar
Paralisada no tempo
Suspensa
Só a dor a me dilacerar
Um uivo preso na garganta
E um zumbido no ar
Senti o estomago revirar
Corri pro banheiro
Ajoelhei no chão
Me inclinei no sanitário
E vomitei
Vomitei
Vomitei
Vomitei
Vomitei a dor
Vomitei os sonhos
Vomitei meus desejos...
Eu contrações de desespero
Em aflições de nojo
Repugnância
De mim
De ti
Num espasmo
Expulsei você de dentro de mim
Expurguei minha burrice
Ejetei minhas ilusões
Joguei no vaso todas as minhas esperanças
Mas bem no fundo eu sempre soube
Que você nunca me amou
Nunca foi o que eu sonhava que fosse
Eu te desejei
E você deixou
Fui eu que fantasiei
Acreditei no que quis
Porque você quis
E eu deixei
Me usou
Para melhorar tua auto-estima
Meu amor te adulava e te envaidecia
Regurgitei o fel
Da tua traição
Agora to limpa!
Saia da minha vida!
Quero água...
Preciso de água!
Para lavar os restos de mágoa
Que podem ter sobrado dentro de mim.
CERTEZAS CONDICIONALIZANTES
CERTEZAS CONDICIONALIZANTES
(Victttoria Rossini)
Um bando de aves
Cruzam minha janela
Com certezas
Que só elas tem.
Por isso são o que são.
Cada ser é o que é
Pelas certezas que tem
Eu sei que.................................
E nunca serei............................
E posso.....................................
E não posso..............................
E tenho.....................................
E vou........................................
E nunca farei............................
E sou........................................
É!!
Por isso você é o que é.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
METAMORFÓSSEIS
METAMORFÓSSEIS
(Victtoria Rossini)
Sou
Vivo
Ajo
Reajo
Existo
Mas a cada segundo
Pra me expressar congelo
Lavra no gelo
No tempo uma investida
No espaço uma enxurrada
Contrações involuntárias
De feixes
De elétrons
De idéias
De dúvidas
De certezas
A cada existir endureço.
O preço do manifestado.
A cada espocar de quem sou
Carimbo meu santo sudário.
Meus fósseis indeléveis
Marcados na história do mundo.
A cada dia um encanto
Metamorfose fotografada
Em pixels...A minha pedra
Meus poemas:
Metamorfósseis do nada
Que mostram em cada linha
Quem fui.
Fui
Porque o ontem já não sou mais
E o hoje
Ainda nem se desenrolou
domingo, 21 de dezembro de 2008
VENDAVAL DE PALAVRAS
VENDAVAL DE PALAVRAS
(Vittoria Rossini)
Hoje amanheci na minha praia
Caminhando só dentro de mim
Catando conchas
Vasculhando pedaços
Apagando os traços
Da tempestade de ontem
Que nos arrasou
O temporal passou
O céu esta claro
As nuvens já se afastam para longe
Mas observo em volta
Vejo os estragos
Que o vendaval
Da nossa discussão causou
Dou alguns passos
E corto meus pés em cacos
Que talvez nunca consiga realmente limpar
Olho pra mim
E me vejo em farrapos
Ainda sinto o corpo dolorido
Machucadura das palavras ferinas
Proferidas com tanto ardor
Sei que também estas ferido
Em teu rosto esta descrito
As marcas de tanta dor
Nossa boca túmulo aberto
Estraçalhou o que estava por perto
E quem quase morreu...
Foi o nosso amor.
SANGUE FARRAPO
SANGUE FARRAPO
(Victtoria Rossini)
Sim!
Eu tenho sangue Farrapo!
Por isso procuro e não acho
A acomodada dentro de mim
A espada de meu avô
Que tombou ensangüentada
Voou para minhas mãos
Pra seguir sua jornada
Só que ao invés de sangue
Ela jorra tinta
Para ser lavada
Ela grita
Ela incomoda
Ela convoca
Ela provoca
Todos...
À uma guinada
Que seu som seja ouvido
Que sua voz seja entendida
Chamando todos à batalha
Não quero um país de escravos
Do sistema ou do estado
Quero todo Brasileiro bravo
Lutando pelo que acredita
E não apenas rasgando mortalha
Mas não busco a separação
Nem guerra com meu irmão.
Quero poder de decisão!
Quero clareza!
Quero paz social!
Mesmo que pelejada.
Já ouço o tropel do povo
Em busca de um mundo novo
Onde TODOS tem a decisão.
E não são os escolhidos
Que vão nos dizer no grito
Se somos ou não...
Uma grande nação!
(Victtoria Rossini)
Sim!
Eu tenho sangue Farrapo!
Por isso procuro e não acho
A acomodada dentro de mim
A espada de meu avô
Que tombou ensangüentada
Voou para minhas mãos
Pra seguir sua jornada
Só que ao invés de sangue
Ela jorra tinta
Para ser lavada
Ela grita
Ela incomoda
Ela convoca
Ela provoca
Todos...
À uma guinada
Que seu som seja ouvido
Que sua voz seja entendida
Chamando todos à batalha
Não quero um país de escravos
Do sistema ou do estado
Quero todo Brasileiro bravo
Lutando pelo que acredita
E não apenas rasgando mortalha
Mas não busco a separação
Nem guerra com meu irmão.
Quero poder de decisão!
Quero clareza!
Quero paz social!
Mesmo que pelejada.
Já ouço o tropel do povo
Em busca de um mundo novo
Onde TODOS tem a decisão.
E não são os escolhidos
Que vão nos dizer no grito
Se somos ou não...
Uma grande nação!
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
SOU PEREGRINA AQUI
SOU PEREGRINA AQUI
(Victtoria Rossini)
Sou peregrina aqui nesse chão
A luz é meu foco
O ar meu elemento
As vezes dissolvo ao vento
Então preciso de tempo
Pra novamente aprender
Pra poder entender os fatos
Saber me livrar dos laços
Reagrupar meus pedaços
E novamente seguir
Sou peregrina aqui
Sei que em breve terei que ir
Porque não é este o meu lar
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
VIVER É BOM DEMAIS!
VIVER É BOM DEMAIS!
(VIcttoria Rossini)
Vivo sem “meias medidas”
Sou ferro em brasa
Amor que arde
Surpresa que paralisa
Força que não analisa
Viajante que não para
Salto portais sem pedir licença
Da justiça arranco a venda
E tomo a espada na mão
Sou guerreira
Sou dama
Sou profana
Sacana
Sem dó de mim
Sem dó de ti
Meu grito diz vem!
Se jogue na montanha russa
E vem sentir também
Me acompanhe na minha volúpia
De viver com todas as fibras do ser
Mil vidas em uma
Foi isso que tive
É isso que quero
De todos
Que viiivaaaaaaaammmm!
Não sou romantiquinha
Sou feroz
Atroz
Doída
Aperto a ferida
Até você gemer
Porque quero te sentir
Quero te ver responder
Ao sol, a chuva, a neve, a tempestade
SIIIMMM!!
Tudo é bom!!
E vale a pena viver!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
CRIANÇA NO ESCURO
CRIANÇA NO ESCURO
(Victtoria Rossini)
Você é uma criança...
Uma criança doente
Porque não pode ver a luz
Você acorda no meio da noite
Que é a tua vida
E se assombra com as tuas visões
Se elas te pertencem ou não
Já não interessa
Porque é só o que te resta nessa escuridão
Você abomina seus demônios
Amaldiçoa-os
Mas eles te perseguem
Seja acordada ou nas tuas insônias
Te vejo correndo pelas cidades
Pelas florestas, pelos cemitérios
Atrás dos teus mortos
Dos teus fantasmas
E dos seus mistérios
Eu não os vejo...
Mas sei que eles estão lá
Na tua vida
Nos teus sonhos
A te torturar
Te massacrar
Te atormentar
Com a sua simples visão
Pobre criança perdida!
Já velha
Cansada desta solidão
De dançar com mortos
Nos calabouços
Da tua própria ilusão
Teus terrores noturnos
Teus infortúnios
São a balada do medo
Que você mesma toca
Em teu coração
Abra os olhos!
Você não é cega.
Você apenas olha
Para o lado errado da imensidão!
(Victtoria Rossini)
Você é uma criança...
Uma criança doente
Porque não pode ver a luz
Você acorda no meio da noite
Que é a tua vida
E se assombra com as tuas visões
Se elas te pertencem ou não
Já não interessa
Porque é só o que te resta nessa escuridão
Você abomina seus demônios
Amaldiçoa-os
Mas eles te perseguem
Seja acordada ou nas tuas insônias
Te vejo correndo pelas cidades
Pelas florestas, pelos cemitérios
Atrás dos teus mortos
Dos teus fantasmas
E dos seus mistérios
Eu não os vejo...
Mas sei que eles estão lá
Na tua vida
Nos teus sonhos
A te torturar
Te massacrar
Te atormentar
Com a sua simples visão
Pobre criança perdida!
Já velha
Cansada desta solidão
De dançar com mortos
Nos calabouços
Da tua própria ilusão
Teus terrores noturnos
Teus infortúnios
São a balada do medo
Que você mesma toca
Em teu coração
Abra os olhos!
Você não é cega.
Você apenas olha
Para o lado errado da imensidão!
LIGUEI O FODA-SE
LIGUEI O FODA-SE
(Victtoria Rossini)
Cansei!
De me responsabilizar
Por palavras e ações
Que não eram minhas
Eu as absorvia
Analisava
Julgava
E sofria
Cansei!
De perder meu tempo
De gastar minhas energias
Com coisas e pessoas
Que não me dão sustento
Que não em dão alento
Que não me dão alegrias
Cansei!
De olhar pra trás
E re-agonizar por coisas
Que já nem existem mais
Cansei!
De deixar morrer o hoje
Existindo apenas para cumprir metas
Que eu mesma inventei
Cansei!
De deixar pra ser feliz amanhã
Quando tiver algo
Quando chegar alguém
Liguei o foda-se!!
Quero ser feliz hoje!
Sair todos os dias porta á fora
Com um sorriso explodindo na cara
E pés bailantes de felicidade.
Livre dos pesos passados
De medos ou expectativas
Do novo dia que virá
Quero vida!
E vida com alegria!
O resto?
O resto foda-se!!
AMOR TANGO PORTENHO
AMOR TANGO PORTENHO
(Victtoria Rossini)
A desdita derradeira
Queira Deus
Que não chegou
Porque a cama de seus braços
Foi que sempre me apoiou
Se eu choro quando vais
Se não vivo sem você
É porque já não da mais
Nem um dia sem te ter
Teus ciúmes, teu controle
Que me leva ao desatino
Era pra ser prova de amor
Mas vai selando o destino
Sim..Brigamos eu bem sei
Que entre lágrimas e abraços
Eu te digo que te amei
Que preciso de espaço
mas morro se não te tenho
Saiba que essa distância
Que necessito pra nós
É apenas de uns passos
Para desatar os nós
Se te grito pra que vás
Se te imploro pra que venhas
É porque não acabou
Nosso amor tango portenho
Somos loucos, mas nos amamos!
Nosso amor é nossa loucura!
Si!!
Locos...Locos
Nos están locos, pero nos encanta!
Nuestro amor es nuestra locura!
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
SAMBA DA DESPEDIDA
SAMBA DA DESPEDIDA
(Victtoria Rossini)
Tanta tristeza eu tive
Enrolando nosso amor
Que até cana e detetive
Rolou
Ahh mas minha pequena
Que pena
Acho que o nosso samba
Embolou
Já tentei ser seu galã
Seu amante
Seu senhor
Mas nada disso
Vingou
Tanta crise tanta chatice
Tanto lero diz-que me diz-que
Cansou
Agora minha gatinha
Todo tesão que eu tinha
Acabou
Por isso eu te libero
Ficar preso também não quero
Então o negão aqui
Vazou...
(Da série: exercícios em terceira persona)
domingo, 14 de dezembro de 2008
LOBA A SOLTA
( Essa fiz pra minha amiga Mystica Heberle que é lycan no jogo)
LOBA À SOLTA
(Victtoria Rossini)
Alma de loba
Espírito livre
Mente leve
Tesão louca
Corpo libertino
Larguei a civilização
La fora
No limite da floresta
De desejos
De luxurias
De insanidades
Corro solta
Nua
De preconceitos
De limites sociais
De imposições
Eu domino
Domino meu corpo
Os corpos
Garras afiadas
Líquidos gotejantes
Fôlego no cio
Uivo sobre os picos
Sacio a matilha
Estraçalho as presas
Puro instinto
Promíscua
Perversa
Depravada
Entregue
Obediente
Ao egoísmo do meu prazer
SEGREDOS PERDIDOS
sábado, 13 de dezembro de 2008
A PALAVRA SECRETA
A PALAVRA SECRETA
(Victtoria Rossini)
Minha palavra
É seta incerta
Que esta indo aberta
Pra atingir teu coração
Quando a encontrar
É só se entregar
E os dois se amarão
Mesmo flecha que fere
E as vezes se insere
Causando emoção
Pode até cortar nós
Desfazer ilusão
Aceite a palavra
Que voa travada
Com códigos secretos
Com destinos incertos
Mas sempre corretos
Que nem sei aonde vão
Pra falar a verdade
Nem sei de onde vem
Apenas recebo
E humildemente escrevo
Quando ouço seu som
Mas se abra pra vida
Exponha a ferida
Que vou cauterizar
Aceite a palavra
Gentilmente doada
Que vai te curar
Se teu coração dói
Só tem um remédio:
AMAR!
BOM DIA AMOR!
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
O CASAL SAGRADO
O CASAL SAGRADO
(Victtoria Rossini)
O Amor e a Sabedoria
São os dois pais humildes
De Felicidade e Alegria
Essas duas filhas viçosas
Expansivas e orgulhosas
Precisam dos dois pra viver
As filhas... Não existem sem os pais.
Se o amor some
A sabedoria fenece
E o relacionamento se desfaz
Se a sabedoria relaxa
O amor se perde na vida
E mais nada satisfaz
Não que sejam pouco
Mas um sem o outro
Não reconhece nem as filhas
Esse casal sagrado
Tem que viver lado a lado
Para que a harmonia
Possa vibrar todo dia
Em tudo
Em todos
E em todo lugar
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
ANDARILHOS DAS ESTRELAS
ANDARILHOS DAS ESTRELAS
(Victtoria Rossini)
Quem são esses seres
Com estrelas nos olhos
Sandálias de andarilhos
E corpos cobertos de sonhos?
Os vejo andando por ai
Criticando o sistema
Querendo mudar tudo
Tendo a vida como tema
Seus pés pisam o chão?
Será?
Acho que não!
Eles pisam os preconceitos
O estabelecido
Os conceitos...
Tem asas de cometas
E anéis no coração
Quando olham o mundo
É sempre com amor profundo
E buscando a transformação
Inconformados?
Ainda bem!
Seus questionamentos
Seus lamentos
Devem ser ouvidos pela multidão
São essas mentes que tem
Nos pés o movimento
Que pode acordar uma nação
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
DESENHANDO
DESENHANDO
(Vittoria Rossini)
Me desenho
Pra mim mesma
Pra ver se percebo meus contornos
Se realmente
Vejo em torno
Ou apenas finjo que vivo
Clareio as cores
Mexo nos tons
Confabulo com meus botões
Que quase nunca me respondem
E chego a conclusão
Que a imagem nítida que vejo
É apenas o meu desejo
De ser um ser real
Sou desenho
De areia é pó
Que crio sobre a água do mar
Apenas reflexos de ilusão
Que a primeira onda desfaz
Sou desenho
Que rabisco para os outros
Quem sabe um dia me encontrar
Onde eu mesmo me perdi
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
REVERÊNCIAS A MÃE TERRA
REVERÊNCIAS A MÃE TERRA
(Victtoria Rossini)
Espírito de Gaia
Grande mãe massacrada
Pelos seus próprios filhos
Que corrompem
Que lhe sugam
Que lhe exploram como uma escrava
Que sangram suas entranhas
Se achando no direito
De grandes senhores
Donos dos seus penhores
Da terra
Do ar
Do mar
Do ser
Que existe pra lhes abrigar
A terra não esta morta!
Apenas agoniza...
Ouço seus gemidos
Vejo sua face sangrando
Sua carne desfigurada
A sobreviver por amor
Nos perdoe mãe!
Queria poder te cuidar
Te proteger
Assim como sempre nos abraçou
Nos alimentou
E nos abrigou
Ajoelhada aqui
Em teu ventre vertente
Apenas misturo minhas lágrimas as tuas
Te reverencio...
Perdão!
Em nome dos meus irmãos
E por achar que não posso fazer mais do que faço.
PLANANDO
PLANANDO
(Victtoria Rossini)
Aprendi a voar
Seguindo as correntes quentes
Abandonando o frio
Que me leva até o chão
Limpo minhas penas
Abro minhas asas
Relaxo os músculos
Sinto a direção do vento
E me solto
Planando na imensidão
Corpo leve
Mente vazia
Totalmente aqui
Esqueço tudo
Deixo a força que me cerca
Por todos os lados
Me guiar
Só vejo meu bico
E sinto meu corpo
A única coisa que existe
É voar
(Da serie: Exercícios em terceira persona)
(Victtoria Rossini)
Aprendi a voar
Seguindo as correntes quentes
Abandonando o frio
Que me leva até o chão
Limpo minhas penas
Abro minhas asas
Relaxo os músculos
Sinto a direção do vento
E me solto
Planando na imensidão
Corpo leve
Mente vazia
Totalmente aqui
Esqueço tudo
Deixo a força que me cerca
Por todos os lados
Me guiar
Só vejo meu bico
E sinto meu corpo
A única coisa que existe
É voar
(Da serie: Exercícios em terceira persona)
domingo, 7 de dezembro de 2008
LIMPEZA
LIMPEZA
(Victtoria Rossini)
Limpei a mesa
Joguei fora todas as tristezas
E lembranças ruins da minha vida.
Destruí as coisas azedas
Amarguras
Incertezas
Não quero isso pra mim.
Aquelas raízes expostas
Raivas e coisas mortas
Que repousavam aqui
Fiz uma grande fogueira
E as destruí no jardim.
Não quero casa fechada
Nem mesmo caixa lacrada
Com ódios dentro de mim.
CRENÇAS
CRENÇAS
(Victtoria Rossini)
Como posso aceitar crenças
De tanta tradição
Mas tão poucos argumentos
De dogmas baseados em poder
E salvação baseada em tormentos
Minha fé
Não é fé cega
Ela vê
Com olhos de infinito
Sabe até o que nunca foi dito
E prova a si mesma linha a linha
Os fundamentos do que acredito
Mas mesmo assim...
Ela é só um barco.
Minha crença não é meu destino.
Amanhã mesmo a abandonarei
E seguirei sem remorsos meu caminho.
Ela me é útil hoje
Para traduzir esse mapa.
Logo ali minha bússola é outra
E será outro meu norte.
Tudo o que exijo de mim
É que eu continue livre
Inquieta
Revolucionária
Sem seguir a manada.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
ENTREGA ESPECIAL
ENTREGA ESPECIAL
(Victtoria Rossini)
Te entrego hoje
O que te pertence
Porque não sei se amanhã
Estarás aqui
Para receber meus beijos
Sentir meu abraço
Vibrar com meu desejo
Se fazer sentir
Nem para me ouvir dizer
O quanto eu te amo
Hoje
Agora
Quero te embriagar com meu vinho
Feito das videiras da minha paixão
Quero te entregar meu ser
Te presentear com o melhor que há em mim
Pois só assim
Ficarei em paz
Sorrindo em teus braços
Viajando no teu cheiro
Até você dormir
OS FILHOS DA LUA
OS FILHOS DA LUA
(Victtoria Rossini)
Quando ela aparece
Eles surgem
Emergindo pelas portas
Saindo das florestas
De arvores
De prédios
De realidades contadas
Eles...
Nós...
Os filhos da lua
Sentem os raios da mãe
E vem banhar-se na sua luz
De sonhos lúdicos
De energia etérea
Na magia da noite
Noites longas
Noites curta
Noites vã
Mas nunca sós
Porque seus filhos
Se reconhecem
Se procuram
E se encontram
Sempre a luz da lua
DANÇANDO
DANÇANDO
(Victtoria Rossini)
Olhos abertos
Mas olhando através de tudo
Sem ver absolutamente nada
Porque estão fixos
Dentro de mim
No mar de sensações
Nos ouvidos o som
Nos poros a vibração
Nos ossos a batida
Na pele o roçar das roupas
Nas mãos o ar se deslocando
Nos quadris o gosto do compasso
No ar os passos
No espaço o nada
Em tudo o movimento
Só eu e a dança
Ritmo
Energia
Sensações
Som
sumi...
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
CÃO VADIO
CÃO VADIO
(Victtoria Rossini)
Olho da noite
Cão vadio
Sofrendo o açoite
De vagar como quer
Cobrindo quem quer
No beco vazio
Depois do cio
Só o que fica
É chuva e frio
Às vezes olha pelas janelas
Vendo o conforto daquelas
De quem recusou abrigo
Até imagina ...
O que poderia ter sido
Mas bastam algumas passadas
Outra cadela passa
E a sensação se desfaz
Ansioso volta à caça
É nisso que acha graça
É cão vadio caçador
QUERES O QUE?
QUERES O QUE?
(Victtoria Rossini)
Se queres minha cabeça
Te darei
Nunca foi minha mesmo
Desde que te toquei
Você possui meu corpo
Incorporou minha alma
Grudou na minha pele
E daqui nunca mais saiu
Agora exige mais e mais
Queres o que afinal?
Que eu me anule?
Que eu me doe?
Me absorver?
Pois me tome
Me coma
Me beba
Me engula
Eu nasci mesmo
Foi pra você
NADA É POR ACASO
NADA É POR ACASO
(Victtoria Rossini)
Se soubéssemos o caminho das águas
Se pudéssemos medir certas coisas
Parar outras tantas
E reconhecer o que realmente tem valor
Antes que elas nos façam falta
Não falaríamos uma palavra sem pensar
Não esperaríamos amanhã pra ser feliz
Não deixaríamos de fazer o que sempre se quis
E seriamos mais gratos a tudo o que temos
Porque nada
Esta aqui por acaso
Cada coisa
Cada ser no universo
Tem um porquê
Uma função
Uma missão
Entender isso ou não
Não faz as coisas
Deixar de ser o que são
Sigo...
domingo, 30 de novembro de 2008
CARTA DE ALFORRIA
CARTA DE ALFORRIA
(Victtoria Rossini)
Tento fingir
O que não sou.
Porque já nem lembro
Como é ser eu
Minha metade é tu
Ou sou você inteiro?
Digo pra mim mesmo
Que metade de mim é você
Pra tentar andar por ai
E ordenar as minhas pernas que andem
Ou ficarei sempre
Amarrado a teus pés
Carrego você
Tatuada a fogo em meu peito
Foram horas
De dor e desejo
Que me penetraram a carne
E fizeram de mim teu escravo
Hoje minha amada
Entrego minha carta de alforria
Abandono a ilha de pedra
Que foi pra mim teu coração
Largo contigo as algemas que me prenderam
E parto para um novo sonho...
(Da serie: Exercícios em terceira persona)
VIVER NO INFINITIVO
VIVER NO INFINITIVO
(Victtoria Rossini)
Hoje
O que eu vivo é definitivo
Seja o verbo que for.
Por isso abocanho sempre o presente
E conjugo tudo no infinitivo
Independente do tempo verbal
Cada frase do viver
É usada até parecer
Que ser ou estar
Estão sempre a se misturar.
E que ter e pertencer
A um ser ou um lugar
Não importa muita coisa
O que conta é sentir
Cada gota dessa vida
Que esta sempre a escorrer
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
COMO MORRE UM AMOR
COMO MORRE UM AMOR
(Victtoria Rossini)
Descobri
Observando os estertores
Como morre um amor
Ele não cai de morte fulminante
Não adoece e morre num instante
Nem termina por acidente
Ele morre aos poucos
Sem querer
Porque o amor
Sempre quer sobreviver
Mesmo fuzilado por dúvidas
Açoitado por desconfianças
Agredido por ciúmes
Ele se inclina pra um lado
Se joga para o outro
E levanta novamente
Ele sofre um ataque
Cai
Titubeia
Levanta
Fica forte
É esfaqueado
E ressurge
É açoitado
E mesmo assim se arrasta
É pisado
Espezinhado
Mas segue tentando tocar o coração
Aos poucos aprendemos a seguir
E deixar aquele zumbi
Lá atrás
Ali do lado
Às vezes até aqui dentro
Mas tem uma hora
Não sabemos exatamente quando
Sem nem saber como
Ele some de vista
E quando surge novamente na memória
Já está seco
Duro
Sem emoção
Só daí saberemos
Esse amor morreu...
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
A ESPERA DE ALGUÉM
DAS TREVAS PARA A LUZ
DAS TREVAS PARA A LUZ
(Victtoria Rossini)
Me inclino sobre as dobras do espaço
Abro o portal dos olhos que tudo vêem
E te observo ao longe
Muito...Muito longe de mim
Você toma suas decisões
De abandonar a antiga vida
De enxofre, sangue, seduções e guerra
Entre o crepitar das chamas
Vejo você abdicando do seu trono
Serrando seus cornos
Arrancando com as mãos
Suas asas de destruição e poder
E seu coração cheio de amor
Modificando teu rosto e tua aparência
Aqui fora
Te espero a luz do sol
Solicita com tuas novas asas na mão
Para te entregar
Tão logo você transpasse
O portal da escuridão
O amor!
O meu amor
O teu amor
Enfim te transformou...
Venha meu amado!
O tempo das trevas findou.
QUE TU RAIAS!
QUE TU RAIAS!
(Victtoria Rossini)
Eu quero que tu raias!
Que te esvaias
Na tua luz
Que me transpasse
E me absorva
E ao comungar com tua essência
Que sempre venças as aflições.
Que tire a venda que te cegou
Que se liberte
Do que nunca te prendeu
Mas você pensou
Que era cativo
Que viva altivo
Na tua gloria
De ser melhor
Do que sempre imaginou
Tudo o que te desejo
É que tu sempre raias
Como tua vida sempre brilhou
Livre!!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
SE É PRA SEMPRE...EU NÃO SEI
SE É PRA SEMPRE...EU NÃO SEI
(Victtoria Rossini)
Eu te amo tanto...
Eu te quero tanto!!
Se é pra sempre...
Eu não sei...
Só sei que hoje
É um daqueles dias
Que eu queria
Que durasse para sempre
Se é pra sempre?
Eu não sei!
Mas cada minuto ao teu lado
Ficará pra sempre guardado
Como relíquia sagrada
Dentro do meu coração
Se é pra sempre
Eu não sei
Mas tudo o que você me diz
É tudo o que eu sempre quis
Ouvir do homem que amo
Se é pra sempre...
Eu não sei
Por isso vivo nossa historia
Como se nunca fosse ter fim.
Me entrego de corpo e alma
Aproveito tudo...
Sem perder nada.
Amo sem medidas
Fazendo de ti
Uma extensão de mim
Sentindo tuas mãos
Me tocar aqui
Se é pra sempre
Eu não sei
Mas vivendo nosso amor
Provo o gosto da eternidade
SOU MAIS QUE FÊMEA
SOU MAIS QUE FÊMEA
(Victoria Rossini)
Meu lado fera
Quando insano impera
Perco a razão...
Sei disso!
Porque minha emoção
Faz parte do meu feitiço.
É quando minha energia
De guerreira bravia
Voa pela contramão.
Daí amasso a latinha
Derrubo o circo
Agindo como um furacão.
Me arrependo depois?
As vezes sim.
Mas é assim que sou.
Sou forte
Sobrevivente
Repetente em varias lições
Mas vencedora por vocação.
Jamais sucumbirei
Haja o que houver...
Também sei disso!
Porque sou mais que fêmea
Sou mulher...
MEU ROSTO
MEU ROSTO
(Victtoria Rossini)
Meu rosto é desenho indefinido
De imagens sobrepostas
De tons e cores opostas
Que pipocam intermitentes
Formando um quebra-cabeça do que sou
Sou feita de letras soltas no espaço
Que se juntam a esmo
Num mesmo compasso
E arrastam minha carne por onde eu for
Se mudo a musica ele se rearranja
Se rio, se choro minha face acompanha
A balada interna que soa em mim
Me remodelo a cada sinfonia
E cada emoção que reinicia
Faz a camaleoa se transformar
Os dias aqui fazem historia
Deixando marcas no meu olhar
Até os risos e gargalhadas
Deixam no rosto suas estradas
Mesmo que venham
Pra não voltar
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
INSATISFAÇÃO
INSATISFAÇÃO
(Victtoria Rossini)
_ “Que tens Rosa?”
_ “Tenho um espinho
Cravado na carne
Que me feriu e vai me matar.”
_ “Quem te feriu?”
_ “Eu mesma!”
_ “Deixei o vento muito me curvar
E meus próprios espinhos me feriram.”
_ “Isso é nada!
_ Pior eu, que sou Lírio frágil
De destino incerto e flor fugaz”
_ “Mas nasces onde queres!
E não há nada a te aprisionar”.
_“Assim fosse pequena rosa...
Tu és protegida, adubada, regada,
Eu com minhas próprias forças tenho que me virar”
Rosa gemendo se debruça na grade
E inveja os Lírios livres no quintal.
(Da série Exercícios em terceira persona)
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
ME CONDUZA
terça-feira, 18 de novembro de 2008
A VIZINHA DA ESQUINA
A VIZINHA DA ESQUINA
(Victtoria Rossini)
Ela dança o dia inteiro
Até canta no chuveiro
Ela é feliiiizzz....
Vive sorrindo pra mim
Diz que sou o que sempre quis
Ela é assim
A menina da esquina
Me atrai e me fascina
Ela vive só pra mim
Ah garota te espero
E de jeito ainda te pego
Te agarro e te esfrego
No murinho do jardim
Ela dança o dia inteiro
Até canta no chuveiro
E quando passa na calçada
Corpinho fazendo graça
Só de olhar me faz feliz
( Da série exercícios em terceira persona)
FLOR DE AÇO
FLOR DE AÇO
(Victtoria Rossini)
Sou flor espinhada
Com pétalas dentadas
Em aço forjada
Meu centro protegido
É refugio ungido
Resguardado da dor.
Em meu útero abrigo
Todos sob minha guarda
Num ninho de amor
Mas quando explodo
E vou para o outro lado
Do centro da roda
Me dispo de medos
Já não tenho segredos
Nem tem resposta certa
Sou guerreira armada
Em estado alerta
Quando estou na minha razão
mesmo perdendo a noção
faço o que me convém
Sou flor de aço...
Meu caminho EU traço
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
DE CÃO A AÇÃO
DE CÃO A AÇÃO
(Victttoria Rossini)
Quem não levanta pra lutar
Já foi derrotado
Sucumbiu aos pecados
Dos tempos passados
E agoniza no chão
Lambendo as feridas
Amaldiçoando a vida
Vivendo vida de cão
Apenas uivando
E urinando de dor
Ta com a cabeça entre os braços
Esperando a morte?
Apenas ta colhendo
O que você mesmo plantou.
A semente da inatividade
Também brota a vontade.
Se sente um mendigo
Esperando a absolvição?
Foi você quem se julgou
Você que se condenou
E se prendeu a roda do carma
Mas ainda ta em tempo de mudar
Arregace as mangas
Mude a energia
Transforme o destino
Salte para o outro lado.
SEMPRE tem como mudar
TUDO pode ser mudado
HOJE é o dia de levantar
EM PÉ!!
Seque o rosto
E vamos começar
domingo, 16 de novembro de 2008
NOSSO AMOR
NOSSO AMOR
(Victtoria Rossini)
Acordei com o corpo em festa!
Cada célula do meu corpo
Ainda dança com você
Minha retina repassa nossas imagens
Minha mente ainda te vê
Sinto teu amor me envolver
O eco da tua voz
Que mesmo silenciosa
Diz tudo que preciso saber
Nosso tempo
Nossa noite
Estranhos seres...
Mas assim somos nós
Mais parecidos do que pensamos
Mais amantes do que esperávamos
Mais fiéis do que desejávamos
Vivendo
Do nosso jeito
Nosso amor
domingo, 9 de novembro de 2008
MAIS UMA VEZ
MAIS UMA VEZ
(Victtoria Rossini)
Cometi sim...
Os mesmos erros.
Repito os atropelos
Mesmo sabendo que o são
Ando na velha trilha
Mesmo sabendo que a vida
Espera renovação
Mas meus sentimentos presos
Minha bolsa cheia de medos
Sempre me prendem ao chão
E refaço a órbita sombria
Morrendo na mesma via
Onde já tombou meu coração
Me posto outra vez em frente
A ti que me fez demente
E me deixa sem ação
Mais um vez...
Atada a você
Espero o toque da tua mão
OLHARES
OLHARES
(Victtoria Rossini)
Cada um
Olha a vida
Com os olhos que tem
Tenho olhos de mar
Gosto de brincar
Com as ondas que vem
Uns tem olhos de chama
No corpo que clama
Pelo toque de alguém
Se tens olhos de céu
Que vivem ao léu
Continue a sonhar
Se teu olho emperra
Nas engrenagens da terra...
Alguém tem que cuidar também!
Mas mantenhas voltado
Teu olho sagrado
Para o lado do bem
LUX
MINHA IDADE
MINHA IDADE
Victtoria Rossini)
Tenho uma idade indefinida
Entre o nascer e o morrer...
Um infinitivo variável
Que esta sempre a fenecer
As vezes acordo criança
Carente
Indefesa
Nua
Pura
Tem momentos
Que me pego adolescente
Teimosa
Manhosa
Ousada
Destemida
Exigindo tudo da vida
E quase sempre
Durmo velha
Cansada
Descrente
Como se tivesse sido eu
A desenhar as estradas do mundo
Conhecendo os seres
Os atalhos
E seguindo com olhos anciões
As loucas voltas da Roda da vida
Minha idade
Tem a duração das horas
A experiência das eras
O tempo das borboletas
A rapidez do piscar
O ritmo da eternidade
A definição numérica
Não obedece ao tempo da terra
Pois lembro de quase tudo que já vivi
Ela ultrapassa os milhares
Mesmo que pareça
Que a pouco aqui acordei
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