segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

REÍNÍCIO

Haikai

REINÍCIO
(Victtoria Rossini)

O vilarejo
Na espera pulsante
Inesperado

O sol caindo
Terminando o ano
Expectativas...

Mentes ligadas
Mãos, corações abertos
Nunca se sabe

No próximo dia
Esperança tardia
Irá se mostrar

Guerreiros mortais
Uma vez mais, em pé
Dispostos à Paz


Feliz 2008

A LIÇÃO DAS BORBOLETAS

A LIÇÃO DAS BORBOLETAS
(Victtoria Rossini)

Venha ter com as borboletas
Elas podem te ensinar a lição
De concentrar-se dentro de si mesma
Para operar a mutação

De viver com a humildade
E morrer com a vaidade
Ela mostrar-te-a
(Caso você venha)
O valor do tempo
O preço da liberdade...

E mesmo depois de tudo
Aprenderá a cair com serenidade
E docilmente
Doar-se ao chão

* * *

DESCOMPRESSÃO

DESCOMPRESSÃO
(Victtoria Rossini)

Sou tão tua
Quanto o mar é meu

Te pertenço tanto
quanto a onda que se submete aos teus pés

Não sou daqui
Estou aqui

Sou tão livre quanto o vento
Por mais
Que esteja contida em balão

Para libertar-me
Viro tempestade

Por mais que pareça tua
Não sou nem minha

E repouso segura

A negra noite está clareando...

Amanhã parto a minha procura...

*** *** ***

HAI KAI (zen)

A mente louca
Desligou a mão febril
Paz na terra
* * *
Cascata livre
Imaginação solta
Corpo em furia
* * *
Tempo fluindo
Espalha energia
Doa abrigo

* * *

Nos corpos febris
Escorre suor
Prazer a amor

* * *
Mundo perfeito
A barata correndo
Há harmonia

* * *

Brota das folhas
A vida invisível
Quem podera ver?
* * *
Sob a luz da lua
As pedras de granizo
Brilham e cantam

* * *
Na lua nova
Lua ascende, acende
sol incinde

***
As pernas do dia
Equilibram a noite
Que caiu no mar
***

domingo, 30 de dezembro de 2007

GUERREIROS MODERNOS




GUERREIROS MODERNOS
(Victtoria Rossini)

Em tempos de paz
Os guerreiros modernos
Traçam outros ataques
Armam planos audaciosos
Estratégias provocantes
Projetos mirabolantes
Para invadir corações.


E as belas das fortalezas
Donas de raras belezas
Postam-se embevecidas
Felizes, dão-se por vencidas
Diante da realeza
São guerreiros vestindo jeans
Com boca cheirando a aniz
Conquistadores de amores
Modernos guerreiros da paz

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

UTOPIA



UTOPIA
(Victtoria Rossini)


A mente que mente
Querendo sonhar
Inventa passeios
A luz do luar

Cria a perfeição
Do ser em questão
Só vê a beleza
Da relação

O coração ardente
É estrela cadente
É cometa fugaz
E segue sua trilha
Deixando rastros atrás

Assim o amor
Com seu inebriante furor
Faz-nos ver belos
Perfeitos e sinceros

Mas e amanha?
Quando a rotina bater
O tédio nos abater
E o sol mostrar nossas faces nuas?
Que destino há de ter??

Será que resiste
Ao crivo do tempo
Experiências ao vento
Ao calor da discussão??

E se não??

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

NASCEU


NASCEU
(Victtoria Rossini)

No quarto escuro
E sujo do casebre
Duas parteiras
Recebem o pequeno viajante
_ Nasceu!
_ È homem.
_ È o último neguinha?
_ "È não"...
Diz uma voz na escuridão
_ "Ainda virão muitos...
Nascerão chorando
Viverão pranteando
Para ganhar o pão
E partirão em lágrimas
Por não ter vencido
A luta vã... "

* * *

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

O RETORNO





O RETORNO
(Victtoria Rossini)


Bem que eu desconfiei estar sonhando
Senti um de meus corpos que há muito não sentia
Senti meu emocional pulsando
Meu coração se abrindo

O pesadelo da dor dos outros
Suas vidas
Suas necessidades
Suas historias
Tinham se apagado pra mim

Era eu!
Eu e eu
Eu me senti!!
Senti todas as partes do meu novo corpo
Completo.
Corpo, alma, espírito, mente e coração.

Mas sei que em breve ele se afastará de mim novamente...

Anúbis embalsamou meu coração
Separado do meu corpo
Para que eu não fosse atingida pelas paixões humanas
Para que minha proteção e dedicação
Ficasse além
Das aparências e dos afetos

Mas por um momento...
Por um breve movimento
O Chacal
Mesmo sem querer
O re-introduziu em meu corpo

E eu senti o seu pulsar novamente...

Oh delícias
Oh carícias
O vento trazendo o som da voz amada
Eu
Ali
Hipnotizada
Ouvindo ele
O meu coração

Mas em breve meu coração será novamente retirado...

Já colho as lágrimas
Para preencher o vazio
No meu corpo desfigurado

Preferiria a dor de perder o ser amado...
Do que voltar ao estado
De Bastet imparcial
Sem dor e sem pecado

Eu quero a fúria
Quero a saudade
Quero sentir meu peito
Chamando louco
Desesperado...

A morte em vida
É seguir viajante
E te deixar aqui
Abandonado

Volto para meus desertos de solidão
De onde nunca
Deveria ter me retirado!


********

sábado, 22 de dezembro de 2007

PROMETEU

PROMETEU
(VIcttoria Rossini)

Ontem
Te seqüestrei em meus sonhos...
Mandei te pegarem
Te amarrarem
E te vendarem...

Mas proibi que te ferissem

Toquei teu corpo
Beijei tua boca
E te senti

Todinho meu

Mas pra desespero
De quem perdeu
A razão e a vida
Assim como eu

Quando acordei estava só

Não tinha tu
Nem tinha eu

Pensei em fazer

Mas que tolice
De que adianta?
O que se perdeu
Não se alcança
Com esperteza
Ou com vingança

Se não foi meu
Nem eu fui tua
Te largo agora
Na tua rua
E vá embora
Meu Prometeu...


*********

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

MULHER CIO




MULHER CIO
(VIcttoria Rossini)

Peito
Feito
De metralhadora
Quente
Contingente
Teu

Lábios
Rubros
Curvos
Avassaladores
Suspirando ao léu

Coxas
Róseas
Torneadas
Abertas
Amplexo
Mortal

Mãos
Incertas
Inseguras
Tateando
O que quer
Em orbitais

Olhos
Esgazeados
Perdidos
Sem foco
Sem nexo
Só sexo

Sons
Suspensos
Entre beijos
Em soluços
Animais

Mulher cio
Sem moral
Canibal
A banquetear
Você!

*** *** ***

MESA AO CHÃO


MESA AO CHÃO
(Victtoria Rossini)

A clareza
Pôs a mesa
Na certeza da relação

Veio a dúvida
Dividida
Sem saber
O que queria
Se bastava
O que já tinha...
...E jogou tudo no chão...

Cato os cacos
Colo os restos
Junto um cesto
De tarecos
E pergunto
Surpreendida:
_ O que fiz da minha vida??

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

BOM DIA AMOR!


BOM DIA AMOR!
(Victtoria Rossini)


Quando o sol chegar
Me desperte
Bem de leve
Com teus lábios
A me atiçar
Teus suspiros
Meus gemidos
São os sons
Pra me acordar

Me aconchegue
Entre as cobertas
Me mantenha
Entreaberta
E me sinta despertar...

Bom dia amor!...

*** *** ***

MEU DOTE


MEU DOTE
(Victtoria Rossini)


Te ganhei da sorte
Meu dote
Meu consorte
Meu homem anjo
Louco de amor
Cheio de sonhos
Puro desejo

Que rompeu os fios da realidade
E me jogou
Mesmo sem eu desejar
Para um lugar
Sem tempo
Sem idade
Sem limites
Sem distancia
Para além do SIM e do Não
Onde mente e coração
Entoam sempre o mesmo refrão:
De amor
De busca
De encontros
De saudades

Mas mesmo sendo de amor
As rimas são de morte
Porque quis a madrasta sorte
Longe de ti me postar

Agora ensandecida
Nesta segunda vida
Te busco todas as noites
Te sonho todos os dias
Te encontro todas as horas...
Porque TU és MEU
E EU sou TUA

Não abdico do meu dote!


*** *** ***

saudades


SAUDADES
(VIcttoria Rossini)

A cidade dorme
É meia noite
Segunda –feira
E eu sem você.

Saudades de te ver
Vontade de te ter
Aqui
No meu braço

Falta
Tua voz
Teu sorriso
Teu abraço

Vou ficar acordada
Até o amanhecer
Olhando tua foto
Para poder esquecer
A distância
A ausência
O vazio


Com teu sorriso
Nesta foto
A me aquecer

* * * * * * * * *

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

VAZIO


VAZIO
(Victtoria Rossini)

As lágrimas que escorrem pelo meu rosto
Não falam do desgosto
Que sinto por não te ter
Elas jorram simplesmente
Porque vejo a minha frente
Uma vida sem você
São os óculos que uso
Pra tapar a visão de tudo
Aquilo que não quero ver


*** *** ***

VULTO NA MADRUGADA


VULTO NA MADRUGADA
(Victtoria Rossini)

Atravessa a rua
Na madrugada
Cruzando a estrada
Na escuridão
A passos falsos
Desesperada
Trancando os saltos

Pelos buracos
De uma ilusão.
Mas quem mandou
Você sonhar
E acreditar
Na voz macia
No doce olhar
Que te levou
A mergulhar
No abismo negro
Desta paixão???


*** *** ***

MENINO NU


MENINO NU
(Victtoria Rossini)

Hoje, nas minhas compras vi um menino nu...
Cheio de roupas...Vestia duas bermudas com vários bolsos, um camisetão enorme e dois bonés...
Ele era invisível.
Talvez eu nunca o visse se não fosse o segurança do shopping esbarrar em mim ao correr atrás dele.
Parei chocada ao ver as garras cheias de músculos sacudindo com prazer o corpinho esquálido.
Do pequeno corpo caiu um livro novo (e caro), que talvez ele nem saiba ler.As bermudas foram abaixadas com o corpo impotente e suspenso a se debater.
Quando ele foi arrastado para uma sala eu não suportei, meus olhos sangraram, minhas mãos se contraíram, minha garganta doía, meus ouvidos explodiram e senti minhas asas se abrindo para protegê-lo.
Olhei o segurança, puxei seus olhos que entenderam tudo o que eu quis lhe dizer.
Ao andar em sua direção um relâmpago de eternidade cruzou minha mente.
E eu soube claramente, que naquele momento eu deveria ser mais a sábia do que a guerreira...
Travei minhas asas, recolhi minhas armas...
Entendi que aquela lição o garoto tinha que aprender...
Ela fará parte da sua força quando crescer.
A experiência gerará nele desejos de transformação...
Baixei a cabeça, larguei as compras e soluçando vim escrever.
Imaginando o que se passa naquela sala ainda estou tremendo...
Conflitos de uma defensora...
Quais são os meus limites?
Que direitos (reais frente a eternidade) tenho eu de julgar, defender, absolver ou interferir???
E o garoto nu, desprotegido?...
Este eu não consigo esquecer!
*** *** ***

JUIZO FINAL

JUÍZO FINAL
(Victtoria Rossini)


Eu sou uma floresta em chamas
Isolada e esquecida pelos mortais
Os seres que em mim habitam
Estão fugindo ou sendo extintos
Pelas labaredas, terremotos e temporais
Que me assolam de tempo em tempo
Me destruindo e me transformando
Numa inconstância sem igual.
Vejo meus sonhos se sublimando
Meus demônios se contorcendo
Minhas idéias em vendaval
Sinto meus medos me corroendo
Minhas fantasias todas morrendo
Sujeitas a forte luz do real
E amanhã quando a catástrofe passar
Por mais que queira não serei igual.
Então relaxo e me entrego inteira
Me consumindo viva como uma fogueira
Esperando consciente o Juízo final...
Que esses sentimentos que me provocastes
Estas crateras que em mim rasgastes
Se aplainem todas nesta explosão
Que eu possa enfim, mesmo que destruída
Retomar o ritmo da minha vida
E mesmo nua, só e ressequida
Mais uma vez...
Como um embrião...

Recomeçar...

*** *** ***

LEVARAM MEU PC

LEVARAM MEU PC
(Victtoria Rossini)

Meu PC foi seqüestrado
Levaram o pobre coitado
No médico de computador
Com puta dor fiquei eu
Sem ter como espiar
Sem ter como conversar
Com os amigos internautas
Já choro antecipado
A abstinência

A sua falta

Levaram os olhos
Mais perfeitos que eu tinha
Podia em um segundo
Vasculhar todo o mundo
Agora é esperar..
DOIS DIAS ....
Para ele voltar...
Amigos...
Victtoria...

PACIÊNCIA!!!!

sábado, 15 de dezembro de 2007

PALAVRA ...PERDIDA...PROCURA...

PALAVRA... PERDIDA...PROCURA...
(Victtoria Rossini)

Procuro um corpo
Onde possa morar
Procuro uma casa
Onde possa descansar
Procuro uma mente
Que possa me entender
Procuro um idioma
Que possa me conter
Procuro um ser
Que possa me transmitir
Procuro um poema
Que possa me mostrar
Procuro um texto
Que possa me dar sentido
Procuro um sentido
Para existir...

MULHER LIVRE




MULHER LIVRE
(Victtoria Rossini)

Entre copos de cerveja
Vive aquela mulher
Deve se sentir a vontade
Podendo fazer o que quer
Tendo todos que deseja
Pegando o que lhe convier

Veste roupas transparentes
E sorri pra quem vier
Mostrando seu corpo quente
Seus segredos de mulher
Me falando entre sorrisos
Insinuando o que virá
Me bebendo com os olhos
Me dizendo o que fará

Eu me perco em seus segredos
E me acho em seu perfume
Me perdendo entre seus lábios
Derrubo todos meus medos
Me entregando à sua fome
Apagando preconceitos

Mulher livre, diz que sente
Prazer só em me olhar
E eu mergulho displicente
Neste mar pra te encontrar

*** *** ***

INIMIGA ÍNTIMA


INIMIGA ÍNTIMA
(Victtoria Rossini)

Andei me engalfinhando com as minhas dúvidas
Agarrei-as pelos cabelos
Rasguei-lhes a pele
Desnudei-as
Desfigurei-lhes a face
Até que enraivecida sapateei sobre o seus corpos caídos e esfacelados
Deixei-as ali, caídas, inertes e fui ao teu encontro...

Quando corajosa saí porta à fora
Vestindo meu melhor sorriso
O sol brilhava e os pássaros cantavam
Te vi de longe e me aproximei
Quando cheguei bem perto
E te vi com outra
Soube que elas...
...As minhas dúvidas...
Poderiam ter sido minhas melhores amigas
E retornei...


*** *** ***

MORRI HOJE




MORRI HOJE
(Victtoria Rossini)

Hoje enterrei meus sonhos
Com eles meu amanhã
Já não espero mais nada
Não temo coisa alguma
Parei de sentir

Deixarei meu corpo aqui
Enterrado entre as cobertas
Para que não veja nada
Não sinta nada
E também para que não vejam meus restos mortais

Até tentaram entubar meu amor
Para que sobrevivesse
Injetei-lhe ar
Para que tivesse uma chance

Mas nunca teve
Morreu sufocado
Na minha garganta
Na minha cabeça
No meu coração

Não pôde se expor
Não pôde viver
Não pôde ser abraçado
Não pôde ser beijado
Não pôde ser retribuído

Morreu sozinho
Dentro de mim
E aqui...

Junto comigo...
Vai ser enterrado...


* * *

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

ANJO CAIDO




ANJO CAÍDO
(Victttoria Rossini)


Nessa vida
Corro desenfreada
Em direção ao nada

Porque não vejo
Nem o céu
Nem o inferno
Sou anjo cego
Andando capenga
Sem todas as informações
Que eu trouxe de lá

Ao cair aqui
As paixões me cegaram
Os prazeres me aleijaram
E as delicias da carne
Definitivamente
Me atrapalham o andar

Eu lembro às vezes quem sou
Até tenho lampejos
Do caminho a seguir
Mas as coisas que me cercam
Me impedem de ir

Pobre anjo caído
Que mesmo sabendo quem é
Não consegue se desvencilhar da bagagem
Soltar tudo o que não lhe pertence
E corajoso seguir a viagem
* * *

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

LAR


LAR
(Victtoria Rossini)

Você é um incentivo para eu ter um lar
Para eu ser um mar
E abrigar você
E juntos
Abrigarmos todos os seres

Juntos
Podemos ser nós
E podemos ser tudo

Podemos nos bastar
Mas escolhemos amar
Para amarmos melhor o mundo

Por isso te amo
Por tudo te afago
Por pouco te abrigo
Por nada te ajudo
Por muito te busco...


Pra ser meu amigo
Pra ser meu abrigo
Pra me agasalhar
Pra me amar
Pra ser o meu lar
Pra me proteger
Pra ser o meu norte
Pra ser o meu rumo

Pra ser o meu prumo
Pra ser meu destino


Pra sempre te aguardo...
Aberta
Receptiva
Feliz

Sorrindo
Aqui
No meu coração
No meu corpo
Na minha mente
Na minha alma
Na minha vida
Teu lar...

Onde estivermos
Estaremos completos
Pois onde você estiver
È o meu lar

* * *

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

CÉU E TERRA

CÉU E TERRA
(Victtoria Rossini)

Ai de mim
Que sou pó e terra
Que sou amor e ódio
Que sou paz e guerra

Ora resvalo em pé entre os dois lados
Ora rolo quando a balança
Por força da circunstância
È jogada como lança
Pelas sombras da ilusão

Então choro e me debato
Enquanto monstros e ratos
Arrancam meu coração
Urro e gemo em tremores
Enquanto as flechas dos desamores
Me são arrancadas com um safanão

Ahhh...Mas quando você chega
Meu coração se arrebenta
De alegrias e desejos

Gargalho entre seus beijos
Me afogo em teu olhar
Sentindo sob seus dedos
meu corpo incendiar

Então cedo aos teus cortejos
Me abrindo aos teus festejos
E o inferno vira céu

* * *

EU E AS HORAS


EU E AS HORAS
(Victtoria Rosini*)



As horas que deixei de dormir
Para poder estar contigo
Se juntaram todas
E hoje conspiram contra mim...


Me perguntam pela manhã “Que fiz delas?”

E eu as interrogo durante a tarde:
“Quanto tempo falta?”

-Por quê? Para que?

Para estar novamente na utopia dos braços teus...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

OS AMANTES



OS AMANTES
(Victtoria Rossini)


Quando o revoar dos pássaros
Se faz ouvir na densa floresta
E o sol vermelho com seus fortes raios
Desperta o mundo todo em festa
Os amantes secretos
Se recolhem para seus leitos
Dormir o sono dos rejeitados.

Deitam sozinhos em suas celas
Corações sangrando
Peitos apertados
Ligados, mesmo que a distância,
Pelo sentimento
Dos bem amados

Que raia outro dia
Que parta outra noite
Que viva outra vida
Que tenha outro amante

Mas as almas acorrentadas
Sempre se juntam atormentadas
Buscando ansiosas
Sofrendo caladas
Sua outra metade
De seres separados

E nem a morte
Eterna consorte
Nem mesmo a vida
Com suas idas e vindas
Consegue separar
Aqueles que o amor
É mais forte que o querer

E vem outro dia...
E cai outra noite..


* * *

ILLUSIONS


ILLUSIONS
(Victtoria Rossini)

Que coisa é essa? ...

De procurar em todos os cinemas?
De produzir filmes?
De fazer malas?
De decorar salas?
De inventar roteiros?
De curtir passeios?

De debruçar na tua janela
Inventando quimeras?
De se ver na lua e bailar nas estrelas?

Tu não aprende mente vazia!!
Que ficar em busca do que fazia
Sonhar acordada
Gozar orgia
Só te mantém presa
Em algema acesa
Que só aprisiona
Teu coração?

És refém satisfeita
A presa perfeita
De uma ilusão

A ESPERA


A ESPERA
(Victtoria Rossini)

Minha boca
Aberta
Saliva
A falta de você

Meu
Peito
Rasgado
Chora
A dor
De não te ver

Meu corpo
Sozinho
Treme
A falta
De não te ter

Minh’alma
Ansiosa
Gira
A procura do teu querer

Minha vida
Vazia
Fica
Enquanto você não
vem

* * *

domingo, 9 de dezembro de 2007

VIVER LONGE


VIVER LONGE
(Victtoria Rossini)


A borboleta que se perdeu de seu companheiro
E hoje vive longe
descobriu:

Que intimidade
Não depende de presença

Que compartilhar a vida
Não depende de compartilhar a mesma cama

Que comprometimento
Não deriva de tempo de convivência

Que gostos iguais
Não geram rotina

Que demonstrar amor
Não é só com gestos

Que saber que um amor não é possível
Aceitar isso
Viver isso
Não o faz desaparecer
Nem diminui sua intensidade
* * *

sábado, 8 de dezembro de 2007

A VIAGEM


A VIAGEM
(Victtoria Rossini)

Me aventurei sozinha nesta viagem.
E munida de coragem
Sempre pronta a encarar a passagem
Vim parar aqui neste chão

Nas asas trouxe escrito
O mapa do infinito
Para sempre saber voltar

E vieram sem eu notar
O pólen das flores do lar.
Sacudi-as quando aqui cheguei
Para aspergir o amor
A todos com quem falei...

Minhas mãos sempre solícitas
E prontas a fazer carícias
Sempre abertas eu deixei
Apoiando, doando e segurando
Todos por onde passei...

Deixei as gotas das chuvas de lá
Pingarem por todo lugar
Respingando bocas e sorrisos
Deixando nos meus caminhos
Olhos sempre a brilhar...

Quando eu partir daqui
E minhas asas aqui se fecharem
Deixarei a historia da vida que tive
Como uma prova da minha passagem
E seguirei luzindo serena
Pelos caminhos da vida plena
Desapegada da materialidade


*** *** ***

PERDESTE A SENHA



PERDESTE A SENHA
(Victtoria Rossini)

Hoje descobri
Que não tens mais a senha...

Que abria meu coração
Que te dava permissão
Para entrar em todos os meus segredos
Me proteger dos meus medos
Penetrar em meus cômodos
Vasculhar meus armários
Tocar nos meus rosários
E me fazer tremer...


Perdeste o poder...

Que tinhas sobre meu corpo
Que incendiava meus sonhos
E me deixava acordada
Sonâmbula e tarada
Dias e dias a esperar por ti...

Já não me abro mais para ti...

Não porque não quero
Mas porque perdeste a senha...
A chave secreta que só você tinha.
Teus sorrisos me soam falsos
Teus conceitos decorados
Tuas frases copiadas.

Já não me tocas mais...

Os cantos em que me espremias
As carícias que fazias
As coisas que me dizias
Perderam a força que tinham
E hoje não me tocam mais

A tua voz já não me hipnotiza ...

Esquecemos os códigos
Perdemos a freqüência
Sumiu a inocência
Já não me faz falta a tua ausência

Desaprendemos tudo um do outro
Perdemos o contato
Agora apenas constato
Relatando friamente um fato:

A morte do nosso amor...

AVISE A NOITE


AVISE A NOITE
(Victtoria Rossini)

Ahhh....
E avise a noite.
Ah noite!
A noite é bêbada!!

Diga pra ela
Não me levar
Às suas orgias de bar em bar

Às suas loucuras
Em noite de luar
Bebendo em tua boca
Palavras roucas
A me embriagar

Preciso estar sóbria
Preciso estar lúcida
Para entre os mundos me equilibrar...
Estou de ressaca...
Ontem bebi demais!!

CHORE


CHORE
(Victtoria Rossini)


Não vou oferecer abrigo pras tuas dores
Porque as minhas
Quando as tive
Curei sozinha
Chorei na minha
Pra não te atrapalhar
Não tirar o equilíbrio
Que você precisava
Pra trabalhar
Pra manter teu mundo de estrela
Teu belo castelo de areia
Onde vives só
Sempre a brilhar
Sentes a minha falta?
Agora que o castelo foi ao chão?
...Mas tu sabias que era ilusão!
Simmm!
Eu era o teu sonho!
Mas não ousaste erguer a mão
Pra me tocar
Pra me atrair
Pra me manter
Nem pra me sonhar!!
Foste covarde
Agora é tarde
Chore arrependido
O que poderia ter sido ...
Olhando eu viver
Meu grande amor

* * *

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

PRECONCEITO



PRECONCEITO
(Victtoria Rossini)


Criei nojo
De tanto preconceito
Tanta formalidade
_ “Sou o Senhor da cidade”
_“Tenho tudo o que há para se ter”.
_ “Sei tudo o que se pode saber”
_ “Eu tenho a cor da pele correta”
_ “Eu tenho a idade certa”
_ “ Eu sou o que você nunca poderá ser!”...

Pobre senhor das vaidades
Mal sabe que a felicidade
Repousa serena no descobrir
E só se revela ao se abrir
O coração e a alma
Com muito amor
Com muita calma
Ao novo dia
A outro ser
Basta querer!
È abrir a porta
Sem esperar resposta
È só ter coragem
E anular a falsa imagem
Que você mesmo...
Fez de você.

Eu tenho pena
De ver tão bela figura
Envolta em tanta frescura
E presa no baú
Da infelicidade.

Até te encontrar

ATÉ TE ENCONTRAR
(Victtoria Rossini)

Eu que habito o silêncio
E viajo na imensidão
Nunca tive um ponto de partida
Para não ter que retornar

Eu que não deveria ter ninho
Que nunca busquei abrigo
Em lugar algum para me fixar
Nasci para ser livre
Das amarras do sentimento
Das armadilhas do tempo

Eu que nunca me importei em ter corpo cativo
Pois corpos por aqui...
Apenas “parecem” ser livres...
Minha mente ia aonde eu ia
E meu coração fazia o que eu queria

Isso...

Até te encontrar

Agora contemplo estarrecida
Minh’alma se derramar

* * *

MEDUSA & RAPUNZEL: TRANÇANDO SONHOS


MEDUSA & RAPUNZEL: TRANÇANDO SONHOS
(Victtoria Rossini)

Amarrei meus cabelos de sonhos
Mecha a mecha
E fiz uma longa trança
Joguei-a fora pela janela
Porque os fios de tão extensos
Já não cabiam na minha cela

Esvoaça livre pelas campinas
Até as aves de rapina
Em seus nós vem se aninhar

Tem sonhos líricos
Sonhos medonhos
Sonhos fantasmas
Sonhos estranhos
Há madeixas loucas de fantasias
Tem pelos castos e heresias

Emergem livres
Brotam felizes
Sem saber que às vezes...
Alguns,
Tenho que esconder.
São fios manchados
Sempre á espera
De serem pecados
Á se cometer...
Louca medusa que aos transeuntes
Espera incauta
Para enlouquecer.

Outros reluzem, como coroa
Na fronte alva e ficam à-toa
Pra cá e pra lá a se balançar
Atraindo anjos
Que cantam coros
A minha volta sempre a bailar

E uns e outros
Que sendo tortos
Arrumo incerta
Com mãos modestas
E todos os dias...
Sigo a trançar...

Para minha amiga Jenninha...


JENNINHA
(Victtoria Rossini)

Hoje ao abrir o orkut
Levei o maior susto

Poww...
Minha amiga muito querida
Estava desaparecida
As fotos tinham sumido
Estava um vazio esquisito
Meu estômago gelou ...
Só as letras frias na tela
Mostravam que ali estivera
Aquela que me incentivou
Fez eu me abrir, me apoiou
E por longas madrugadas
Cantando e dando risadas
Dançando pelas calçadas
Da ilha recife ficou...
Mas hoje vou procurar
Nem que eu gaste toda a tarde
Pelas ilhas e nos vales
Nas festas ou nos altares (será?)
Minha amiga pequenina
A doce e kitty jenninha
Prometo vou encontrar
Aliás....Jáaaaaa

ACHEEEEIIII!!!!
VOOOOLTA Jenninha!!!!
Por favor...

EU NÃO ACEITO


Sinto muito..Esta é a minha resposta...

EU NÃO ACEITO
(Victtoria Rossini)

Eu não aceito
Os teus conceitos
Nem preconceitos.
Mas eu aceito
O que está feito
Por que agora
Não tem mais jeito
Você optou
Você escolheu!
E se errou
Problema teu.
Não tem mais volta.
O que importa
É que você perdeu
Quando deixou teus medos
Rolar os dados
E de preferida
Fui preterida.
Se enganou
E fracassou?

Não tem mais volta!!

A minha porta
Para você
Já se fechou...
Tem alguém aqui
Que já acolhi!
Que eu escolhi
Para me afagar
Para me curar
Das feridas fétidas
Que me causou
Ao me abandonar.

meditação


MEDITAÇÃO
(Victtoria Rossini)


Estou dentro de mim
Estou fora de mim
Estou além de mim
Estou em tudo enfim
To pousando assim
Aqui...
Ali...
Suspensa
Fora do tempo e da consciência...
Navegando a esmo
Seguindo a trilha de um vento
Que me arrasta por dentro
E me faz repousar

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

TEU REINO POR UM AMOR



TEU REINO POR UM AMOR
(Victtoria rossini)


Teu coração é tua fortaleza
Se ele for tomado
Entregue tuas jóias (tua mente)
E se renda
Ou se tornará escravo
Dentro do teu próprio reino
Enquanto se debater
A dor se fará sentir
Só a entrega das tuas armas
Por tempo indeterminado
Mesmo sem segurança alguma
Sem garantias de nada
Te dará a liberdade

Só então poderás ser feliz
Mesmo sem segurança alguma
Sem garantias de nada
Por tempo indeterminado

SANDALIAS DE LUZ


SANDALIAS DE LUZ
(Victtoria Rossini)

Por mais que meus pés
Cansados de eternidade
Resvalem sem piedade
Pelas encostas e revezes
Trilhem caminhos escuros
Batam de encontro aos muros
Ou andem em mares profundos
Trago amarrada a meus pés
Minhas sandálias de luz.

Por mais que pareça cruz
Ser matéria e ser etérea
Ser vida e ser morte
Ser fraca e ser forte
Minha sandália de raios
Iluminando os atalhos
Pelas trevas me conduz.

Minha roupa de batalha
Por mais que pareça mortalha
Pois esta fadada a um fim
Fui eu quem a fiz assim...
Teci ela fio a fio
Modelei-a á quente e á frio
Para vestir-me neste mundo.

Minhas armas embainhadas
Levantadas ou abaixadas
Todas foram forjadas
No fogo das experiências vividas.

Os sinais em minha testa
Tão claros que às vezes esta
Mais parece um grande farol
Por mais que tente oculta-la
Ela brilha como um sol

E assim... Eu, a guerreira da luz
Seguindo meu coração
Atravesso a escuridão
Do tempo, da vida e da razão.
Com minha sandália amarrada
Pela consciência acordada
Desperta, clara e iluminada
Atravesso todos os portais...

DRAGÃO


DRAGÂO
(Victtoria Rossini)


Teu olhar de fogo
Atravessa o espaço
E como um estilhaço
Vem me atingir...
Bem no meu peito
Onde suspeito
O teu casulo
Já se alojou
Dragão faminto
Eu já te sinto
A se mover
Nas minhas entranhas
Na minha mente
Nos meus sentidos
À minha frente.
Olhando a dança do teu cortejo
Me entrego inteira
Canto e festejo
Junto contigo

Tua fogueira

???????????

???????????
(Victtoria Rossini)


Serão efeitos?
Ou serão defeitos?
Esses trejeitos
Sempre suspeitos
Desses sujeitos
Que eu suspeito
Sejam eleitos
Os preferidos
Amigos íntimos
Com quem me deito?!?!?
E se eles forem
Apenas cores
Meros conceitos
Que eu aceito?
Reflexos frios
Dos meus desejos?
Cúmplices perfeitos
Dos meus afetos
Parceiros fátuos
Orgasmos castos
Os meus contatos
No virtual??
E no real??
Ou serei eu
Que já nem sei
Se recebi ou dei
Se amo ou amei
Se quero ou quis
Nunca mais ou bis?
Que atropelei
Meu coração????

TARDE DEMAIS

TARDE DEMAIS
(Victtoria Rossini)

Você foi uma bomba atômica na minha vida
Cuja explosão deixou marcada em mim, a tua foto como um holograma.
Ainda te vejo nas madrugadas insones...
E mesmo de olhos fechados te vejo me olhando no escuro do meu quarto.
Te procuro pelas avenidas, entre os vidros dos carros, pelos becos...
Fixo em todos os rostos esperando que me surpreendas e me reconheça.
Nunca te encontrei.
Mas aqui dentro de mim...
Sei que jamais deixarei de te buscar na multidão...
Quando entro em casa
Espero que o telefone que nunca ligou pra mim, agora toque.
Mas sei...
Já é tarde.
Tarde da noite...
Tarde demais...
Sempre foi tarde pra nós...

ESTOU CANSADA

ESTOU CANSADA
(Victtoria Rossini)

Estou cansada
Da dor terçã
Que no afã
Dos desamores
Envolto em flores
Mas cheios de espinhos
Me enroscam pelos caminhos.
Não me comovem mais...

Estou cansada...
Cansei da lida
Estou desvalida.
Minha paciência
Minha energia
Para curtir dores
Chorar agruras
Cantar amarguras
Suspirar dissabores
Já se desfaz...
Não quero mais...


Estou cansada...
De andar na estrada
Tecendo sonhos
Bordando encantos
Que a luz do dia
Me mostra fria
Não tem valor.
Servem pra nada...

Estou cansada...
Pois nessa escada
Subo sozinha.
Minha língua
Não é entendida
Minha voz rouca
Não é ouvida.
Meu grito de liberdade
Ecoa só por este vale.
È som que apenas EU ouço
E não é pouco...


Estou cansada...
A força hercúlea que faço
Para esticar meus braços
Que já se enroscam em meu pescoço
E são como asas
Para firmar as brasas
Curar as feridas
Juntar os mundos
Colar os lados
Entender os fados
Está se extinguindo...

Estou cansada...
O meu destino
È subir sozinha
No fim do dia
Pro meu retiro

paixão perdição


PAIXÃO PERDIÇÃO
(Victtoria Rossini)

A paixão
É minha perdição
Me faz sair do prumo
Perder o rumo
Sem direção
Desenfreada
Pela estrada
Da luz e trevas...
Quando me levas
Eu sigo cega
Não vejo nada
A razão se apaga
E me entrego toda
Nua e despudorada
Gritando aos prantos
Ou rindo ousada
A esta doida
Que me possui...
A paixão ...

É minha perdição!!!

OBRIGADA


OBRIGADA!
(Victtoria Rossini)


Em meio ao vendaval
Que minha vida nunca tinha visto igual
Você me viu
Me procurou
Me achou
Me tocou...

Me abriu por dentro
E me despertou.

A mulher que eu era
Em outras eras
Já não existe mais
Já ficou pra trás
O coração fechado
O sorriso amargo
O fardo pesado.

Meu Homem Anjo
Me pegou no colo
Me curou as feridas
Me deu asas

E me salvou

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

ESTOU TREINANDO EQUILÍBRIO



ESTOU TREINANDO EQUILÍBRIO

(Victtoria Rossini)

Se minha voz, por acaso perder a altura
Se minhas frases de repente baixarem a temperatura
Se eu te disser que acabou a minha procura
Que já não tenho medo da noite escura
Não estranhe...
Estou treinando equilíbrio...

Se meus pés calejados mudarem a cadência
Se notar que aumentou a minha paciência
Se minhas frases parecerem demência
E mesmo assim estiverem plenas de consciência
Não estranhe...
Estou treinando equilíbrio...

Se depois de tantos “não”, você ouvir um “sim”
Se eu não quiser que ninguém mais tenha pena de mim
Se eu te disser que NADA tem um fim
Que todos os caminhos levam a mim
Não estranhe...
Estou treinando equilíbrio...

Se tuas lágrimas não me comoverem
Se teus elogios não me perverterem
Se meus desejos não me rebaixarem
E não importando o que aconteça, meus braços não se recolherem
Não estranhe...
Estou treinando equilíbrio...

Se eu tratar da mesma forma o hilário e o macabro
Se eu olhar a direita e a esquerda como o mesmo lado
Se eu não temer o baixo e nem invejar o alto
Se eu não fugir da guerra, nem temer o assalto
Não estranhe...
Estou treinando equilíbrio...


Se eu não devolver tua ofensa com outra
Se eu encarar o frio e o calor como a mesma coisa
Não estranhe...
Estou treinando equilíbrio...


Se eu não optar entre o bem e o mal
E ser apenas natural
Não estranhe...
Estou treinando equilíbrio..

VÁAA ENTENDER...


VÁAA ENTENDER...
(victtoria Rossini)



Eu
Poeta
Me quedo quieta

A escrever
Minhas quimeras
Minhas esperas
Meus temores
Pintando cores
Louvando amores
Cutucando dores
Plantando flores
Sentindo odores
Que só os loucos
Ou muito poucos
Vão entender...

Mas continuo
Expondo as feridas
As cicatrizes da vida
Para eu mesma ler!!!...
Ts ts ts
Váaa entender...

SER MULHER



DE TANTO OS HOMENS RECLAMAREM QUE NÃO ENTENDEM AS MULHERES, EU ESCREVI ISSO PARA QUE ELES NOS COMPREENDAM...


“SER” MULHER
(Victtoria Rossini)



Vive, morre
Voa , escorre
Embala , empurra
Afaga, surra
Acende, apaga
Compra, paga
Ajeita, estraga
Perdoa, arrasa
Usa, abusa
Na cama e na mesa

Acolhe, expulsa
Abre, fecha
Troca, destroca
Lava, queima
Abraça, esperneia
Dança, sapateia
Chuta, atrai
Levanta, cai
desfila, rebola
Enrola, desenrola
Chora, gargalha
È fogo de palha

Emana, reflete
Apara, reverte
Estica, encolhe
Vomita, engole
Torce, retorce
Esfria ,aquece
Engorda, emagrece
Ensina, aprende
Mas sempre contente

Beija , morde
Solta , espreme
Recebe, concebe
Lê, escreve
Pesada, leve
Culpa, assume
Lembra, esquece
O que lhe apetece


Bate, acarinha
Esperta , burrinha
Junto, sozinha
Só tua, Só minha
Mas contigo caminha.

Anima, desanima
Arruma, desarruma
Anda, para
Bota,tira
Vulgar, rara
Espera, desespera
Ordena, implora
ajoelha, levanta
berra, canta
Além e a cá
Ontem e hoje
Amanhã e sempre


Estraga conserta
Gira, volta
Dá, aceita
Supérflua , profunda
Nem cara, nem bunda
Leva e traz
Manda e faz
Bem pouco, demais
Nunca se satisfaz
De tudo é capaz
Pois amar lhe compraz

Na frente e atrás
De um lado, de outro
Muito, um pouco
E sempre modifica o que está posto

Quer dentro, quer fora
Quer tudo, quer nada
Quer andar nas estradas
Quer guerra, quer paz
Quer tudo e muito mais
Quer o mínimo, quer estimulo...
Quer verso, reverso
Quer mole, quer duro
Quer um, quer tudo
Quer um, quer nenhum
Quer compromisso, quer flerte
Quer água, quer fogo
Quer o mundo ou um coração
Aos seus pés, em sua mão

È anjo e é tesão
È multidão e solidão
È fome e o pão
È sol e é lua
Tapada ou nua
È ventre e é mente
É nunca e é sempre

E mesmo quando odeia é por amor a alguma coisa

É um mistério profundo...
Poe homem no mundo...
Vê tudo em segundos...

Mulher.
Mulher
Mulher...
Afinal...
Isso é SER mulher!!

Espero que AGORA vocês nos enteeeendam!...
Bom...
Muito bom!!!

Agora nos expliquem...

Porque nós mesmas não nos entendemos!!...
(Victtoria Rossini)

VELHA ÁGUIA





VELHA ÁGUIA
(Victtoria Rossini)


Não faça ninho pra mim
Já choquei meus ovos
Minhas crias já voaram
Minhas penas já branquearam
Minhas garras já caíram

Hoje me jogo no infinito
Busco a morte por escrito
Já que o fim não antevejo
O desfecho só cortejo
Porque a vida meu amor
É um eterno vir-a-ser...
Já estou velha demais pra apegos
Já não temo nem meus medos
Pois aprendi a combater

Então não me faça graça
Não tente me entreter na praça
Pois sou águia
Pronta para morrer
Quero os picos escarpados
Me arrebento de bom grado
Para mim... Isso é viver!

RONDA



RONDA
(Victtoria Rossini)

Eu rondo a tua cama
E toco teu corpo cansado
Te acaricio e reverencio
Com meu amor intocado

Em meus sonhos noturnos
Conspurco a tua virgindade
Te possuo de todos os modos
Preencho as cavidades
Ouço teus gritos e urros
exploro tua sensibilidade
Te agarro bem seguro
Enquanto gozas no escuro
Do teu quarto de saudade.

A POÉTICA DA REALIDADE

A POÉTICA DA REALIDADE
(Victtoria Rossini e Li Ane Font'rose)

Enquanto preparo
Minha colcha de rendas
Na escalada do dia-a-dia
Crianças armadas e esfomeadas
Vivem
A beira da morte
Morrem
A beira da vida

A dor dos fracos é tão barata (podemos apaziguá-la)...
O prazer dos fortes é tão caro(não podemos pagá-lo)..

Preferimos colocar um véu sobre a face
Pra não sermos confundidos
Com este mundo

E que a vergonha
Não impeça-nos de respirar!!

Não tenho culpa, digo
Enquanto vivo
Num campo de fantasia...
Numa torre ventilada e aquecida

Acorda princesa de mentira
Descalce os sapatos de cristal
Ponha teu pé no chão
De terra, pedra e grão

E sinta o quanto a poesia lateja
Nas ruas, nos corpos, nas veias
Não importa em que teias
Ou em que mundo você esteja.

QUERIA TE DAR

QUERIA TE DAR
(Victtoria Rossini)

Queria te dar meu cheiro...
E que você me aspirasse sedento e faceiro.
Queria te dar minha boca...
E que você me engolisse com força.
Queria te dar meu corpo...
E que você mergulhasse nele bem louco.
Queria te dar minha gargalhada...

E que você a retribuisse por nada.
Queria te dar meus gemidos...
Que escapam na madrugada.
Queria que você passasse a noite comigo...
Mas sei que não consigo.
Você não é meu abrigo
Nem te tenho como colo
Posso apenas mirar teus olhos
E amargurada sonhar contigo
Te buscar nas noites escuras
E te encontrar como amigo.

QUANDO VOCÊ CHEGAR... SÓ PRA MATAR A SAUDADES...



QUANDO VOCÊ CHEGAR... SÓ PRA MATAR A SAUDADES...
(Victtoria Rossini)

Vou te esperar na estrada
Nua e escabelada
Sorrindo feliz e debochada
Só pra matar a saudades...

Vou estuprar tua boca
Grudar em ti bem louca
Tirar toda tua roupa
Só pra matar a saudade...

Deixarei apenas as velas acesas
E te servirei EU sobre a mesa
Gemendo e rolando indefesa
Até que o dia amanheça
Só pra matar a saudades...

UM

UM
(victtoria Rossini)

Ainda estou tonta...

E nem consigo descrever
Os caminhos do meu prazer
Eu só consigo te ter
Escravo do meu querer
Preso sob meu corpo
Respondendo aos meus gemidos
Me dando á beber na boca
Tua saliva entre suspiros...
Preciso dos teus abraços
Para acalmar meus tremores
Quando o corpo sem pudores
Se perde nos desvarios
Busco o som da tua voz
E me agarro a ti porque nós
Por mais que sejamos dois
Agora...
Somos apenas UM.

DESCRIÇÃO

DESCRIÇÃO
(Victtoria Rossini)

Nunca consegui me descrever numa poesia...
Elas parecem tão ínfimas frente a minha vida.
Que conhece o céu, o inferno e a imensidão.
Por mais que tentasse me resumir aqui
Olhando as letras pareceria que sumi
E não perceberias ali
Nem a minha mão.
Pois no instante em que escrevo
Percebo a força, o desejo, o momento
Que não caberiam em uma canção.
Mas estou tentando...
Para que me conheça
E antes que o dia amanheça
Você me “veja” em seu coração...

A LOUCA E A CRIANÇA

A LOUCA E A CRIANÇA
(Victtoria Rossini)

O que é isso?
Isso sou eu...
Essa controvérsia
Esse paradigma
Essa inércia
Esse estigma

Não te preocupe ao ver meu rosto
Nunca confie no que esta posto
Por que daqui a um segundo posso mudar.
Por que percebo coisas que nunca verás
Eu sei de coisas que jamais saberás
Entendo tudo como jamais imaginarás

Por isso a louca que habita em mim
Às vezes te encontra pelos confins
E confabula a ti suas certezas.
E por isso a criança que vive em mim
Às vezes te procura entre as estrelas
E ouve histórias entre festins

Por isso eu volto a te procurar...
Por que tanto a louca quanto a criança
Sempre se encontram na mesma dança
Na hora de te amar

E só então eu me sinto completa...

AINDA NÃO ERA HORA







AINDA NÃO ERA HORA
(Victtoria Rossini)

Me sinto um inseto, cuja metamorfose foi abortada por um homem curioso, que ousou entrar em meu casulo quando eu ainda estava em processo de cura.
Agora
Quando ele me procura
Me sinto com três corações
Um que quer solidão
O sonhador que quer ilusão
E um outro consolação.
Mas também me bate a vontade
De dizer para este covarde
Que um ser em hibernação
Deveria ser respeitado
Não deveria ter destapado
O meu véu de proteção.
Agora me sinto exposta
Com minha alma aberta à amostra
Sensível e estremecendo
Ao menor toque do seu dedo
Mas esse homem malvado
Abre a palma despudorado
E me aceita sem recato
Na concha de sua mão
Como resistir?...

CORAÇÃO ESCRAVO

CORAÇÃO ESCRAVO
(Victtoria Rossini)

Meu coração não é livre
Já veio preso aos amores
Suspirando dissabores
Amarrado aos estertores
E tremores das minhas dores
De um corpo querendo provar
Meus desejos proibidos
Meus segredos escondidos
E de um alma querendo voar
Penetrando o infinito

E o próprio amor
Minha ânsia, meu aval
Que deveria me libertar
Me enclausurou num altar
Fazendo de mim sua serviçal.
Vivo para ele
Mais do que ele pra mim
Vivo por ele
Por mais que não pareça assim
Vivo com ele
Contido em meu frágil peito
Tão tenso que às vezes penso
Que as explosões que me atormentam
È ele querendo sair...

Mas ainda não descobri
Quem é prisioneiro aqui
Se sou eu, que não vivo sem ele
Ou ele que não vive sem mim
Ou se isso é uma corrida
Audaciosa da própria vida
Me punindo ou redimindo
Me dando o amor aos goles
Quando eu queria mergulhar aos porres
E me tornar o próprio sentir

Sou presa ao meu desejo
De amar e com sobejo
Com loucura e com ensejo
Muito além...
De tudo o que já vivi...

ESPAÇO RESERVADO

ESPAÇO RESERVADO
(Victtoria Rossini)

ESTE ESPAÇO NÃO DEVE SER OCUPADO.
ESTÁ RESERVADO PARA:


A foto que não tiramos
O beijo que não demos
A noite que não tivemos
As palavras que não proferimos
Os abraços que não recebemos
A refeição que não fizemos
Os orgasmos que não curtimos
Os carinhos que não trocamos
O colo que não relaxamos
A música que não compartilhamos
As brigas que não ousamos
As juras de amor que não ouvimos
Os sonhos que não vivemos

Obs:E CASO NÃO POSSAS VIR E OCUPAR TEU LUGAR...MANDA UM TELEPORTE PARA QUE EU POSSA TE ENCONTRAR ...QUE MOSTRAREI AÍ MESMO NO VIRTUAL O QUANTO EU POSSO TE AMAR!

FÙRIA

FÚRIA
(Victtoria Rossini)

Estou indisposta!!
Estou quase morta
Chutei a porta
Comi toda a torta
Por causa da bosta
Do teu amor
Uma porcaria
Que eu nem queria
Mas você insistia
Que me servia...
Eu acreditei!
E agora fiquei
Trancada aqui
A ter pittí ...
Não acredito
Que eu tenha dito
Que ainda queria
Este idioooooota!!
Este odiento
Este cão sarnento ...(não que os cães mereçam ser comparados com ele)
Que tome tento
Ou vai dormir no relento
Não atendo interfone
Desliguei o telefone
Desinstalei o msn
Suma da minha frente
Indigente!...
Mendicante!..
Pedinte!..
#*`?:^>¨##@!><+# Não estou pra ninguém!!!! Bip..Bip...Bip...Bip...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

ÚLTIMA MENSAGEM

ÚLTIMA MENSAGEM
(Victtoria Rossini)

Guardo em mim
Tatuada em brasa
A última mensagem
Que sem coragem
Vazia e reticente
Tu me mandaste.

Ela não fala de mim
Não fala de ti
Ela não diz nada.
Ela mostra apenas
Falando calada
Que já não tínhamos nada
A nos dizer...


A PONTE



A PONTE
(Victtoria Rossini)

Essa estrutura
Não tem cura
Nem costuras
Só fissuras
E rachaduras
É toda tortura
Tortura de torta
Tortura de dor
Dor de amor
Torta de errada
Deveria ser erradicada
Mas está tão trincada
Que não pode nem ser retirada
Porque se for arrancada
Pode ferir o chão
Ele parece são
E o rio esta limpo
Eu estou cá
Você está lá
E a ponte ali
A nos juntar
Mas está quebrada
Abandonada
Toda enferrujada
Deveria ser lavada
Soldada, pintada
Para que nós dois
Mais uma vez
Pudéssemos nos encontrar

QUEM FALOU QUE AMAR NÃO DÓI?


QUEM FALOU QUE AMAR NÃO DÓI?
(Victtoria Rossini)

Quem falou
Que amar não dói
Não conheceu
O que é o amor.

Quem desejou amar somente
Não vai jamais tentar novamente
Subir aos céus, pois de repente
Tudo despenca na nossa frente

E a porta do céu
E o inferno de Dante
Tem nesse instante
O mesmo batente.

E o anjo bom
Que te tocou
Tem um tridente
A tua frente...

E tu ali
Sem entender
Ou sem querer
Fica parada
No meio da estrada
Sem se mexer...

Sentindo apenas
O gosto ocre
A dor da morte
De um grande amor

NÃO TENHO CERTEZAS


NÃO TENHO CERTEZAS
(Victtoria Rossini)

Não tenho certezas!...
Não sei se te quero
Não sei se te espero
Não sei se te aceito

Não sei ser assim
Tão cheia de sim
Sou cheia de curvas
Minhas águas são turvas
De desejos complexos
De altos e baixos

Você me fascina
Me encanta, me anima
E me faz tecer sonhos.
Mas suspiro segredos
Sou cheia de medos.
Sou alguém que tocou
O céu mas entrou
Na sala do inferno

Não reconheço as portas!
Para mim elas são tortas.
Me jogam sem querer
Ou talvez por eu não saber
Exatamente onde estou.
Olhando para as duas
Não vejo fissuras
Nem placas de indicação
Que me faça reconhecer.


Talvez esta porta
Não tenha resposta
Porque não são duas não.
E a porta do céu
E a porta do inferno
Tenham a mesma direção...
Ou sejam a mesma porta
Apenas na contramão!
Como decidir algo assim?



ACEITE

ACEITE
(victtoria Rossini)

Minha mente está enlouquecida
Produzo mais que a própria vida
Para te presentear amor...

Para te dizer com palavras
O que não posso te mostrar as claras
Para te enviar com letras
O que não posso te dar em mãos

Mando aqui minha própria alma
Rasgada em versos
Re-compactada.
E quando a aceitar
Faça para ela um altar...
Onde seu corpo possa repousar
E por favor:...
...Me faça saber...

SEM LIMITES

/>SEM LIMITES
(Victtoria Rossini)

Eu não me limito!
Não me limito à ser...
Não me limito a ter...
Não me limito à querer...

Quero tudo e mais pouco
Tenho tudo e acho pouco
Sou tudo como um louco
Quando se trata de você.

INSÔNIA




INSÔNIA
(Victtoria Rossini)

Ontem à noite não dormi
A cabeça não parava
Minha mente só girava
E eu procurava por ti

Procurava nas lembranças
Criava pra nós uma dança
Valsava na escuridão
Inventava uma canção
Fazia pra ti um verso
Desenhava ansiosa um gesto
Nos poemas que escrevi

Pra não te abandonar na noite
Busquei pra mim um pernoite
Na pousada do bem-te-vi
Bem te vi em minha mente
E recriei na minha frente
O vôo do colibrí
Nós dois dançando abraçados
Ou voando de mãos dadas
E então adormeci...




MENSAGEM

MENSAGEM
(Victtoria Rossini)

Sabe aquela mensagem que recebi
Da imagem da tua boca?
Ainda ontem a vi...
Ela mordia de forma meiga
O meu mamilo na madrugada...

Não deletei-a...
pois não podia
Preciso dela nessa jornada
A pão e água pelos caminhos
Que me atiraste na longa estrada.

Está gravada a ferro e fogo
Na minha mente e no meu corpo.
Ela retorna de tempo em tempo
Para aumentar o meu sufoco

E me tortura com teu sorriso
Na tela fria
No meigo rosto.

GATO NEGRO

GATO NEGRO
(Victtoria Rossini)

Tem um gato negro em meu telhado
Ainda pouco subiu em minha cama
Se esticou na minha mesa
E sorrateiro lambeu meu prato

Ah gato safado!!
Se tu não fosse tão machucado
E se pra fugir eu tivesse forças
Não me arriscava aos teus encantos
Pois sei que as marcas das tuas unhas
Serão profundas e virarão prantos

Socorro!!
E ainda olha pra mim sorrindo e lambe as patinhas!...
O que eu faço com esse gato??

MARCAS NA JANELA



MARCAS NA JANELA

(victtoria Rossini)



As marcas

Da minha boca

Na janela

Da minha tela

Provam que tentei

Na madrugada

Desesperada

Sentir teu gosto

Provar o beijo

Que meio tonto

Do outro lado

Todo sonado

Desamparado

Você me deu


QUERO TUA BOCA LINDA


QUERO TUA BOCA LINDA
(Victtoria Rossini)

Quero tua boca leve
Borbulhando em meus ouvidos
Palavras de amor.
Quero tua boca ágil
Me desnudando aos safanões.
Quero tua boca forte
sugando meus botões.
Quero tua boca quente
Beijando minha flor.
Quero tua boca líquida
Me derretendo no teu calor.
Quero tua língua
A dançar para mim
Seja onde for...

E quando o amanhã chegar
E as tuas palavras me causarem dor
Usarei tua boca
Como lembrança
Como uma herança
Do que se foi

FINAL DE SEMANA

FINAL DE SEMANA
(Vicctoria Rossini)

Final de semana
Sem você foi produtivo...

Tive idéias de todo tipo
Tipo o que te falar
Tipo como te beijar
Tipo como te enlouquecer

Agora só falta a segunda
Para eu poder te ver
E ser novamente tua
Como só eu mesma sei ser

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

LOUCURA TEMPORÁRIA

Loucura temporária
(Victtoria Rossini)

Sonhei?
Sim.
Chorei?
Sim.
Gargalhei?
Sim.
Gemi de dor?
Sim.
Amei?
Sim.
Enlouquecida mente

Alucinada mente

Sim...
Mergulhei neste estado de loucura temporária
Alem do tempo e da razão
Mergulhei sozinha no abismo
Eu
Não habito as ondas médias
Não navego em águas calmas
Não!!...
Eu sou águia solitária
Onde alcanço poucos chegam
Como eu morro poucos sabem
O que tenho ja doei
Onde me escondo só eu sei...
Enterro meus restos mortais
Dentro do próprio peito
Não tenho medo da dor
Nunca me escondi do amor
Por mais que ele...
Ahh!...Este vai e vem
Me rondando e me caçando
Como um louco por aí...
As vezes nos encontramos...
E quando isso acontece
A razão desaparece
E eu não respondo por mim...