quinta-feira, 11 de setembro de 2008

EQUILIBRISTA


EQUILIBRISTA
(Victtoria Rossini)


Equilibrista a força
Fugindo da forca
Que me suga sem dó
No abismo á meus pés


Balançando na afiada lâmina da vida
Aparo minhas próprias arestas
E bebo as gotas amargas e as doces
Que escorrem pelas minhas mãos

Meu sangue que escorre nos resvalos
Meu sustos quando me desequilibro
Meu curativos nos calos
Nunca disso me livro

Continuo aqui
Equilibrista de mim
Sorrindo a cada pirueta bem dada
Como se eu tivesse escolhido assim

Mas até os passos bem dados
Os saltos bem sucedidos
São acidentes da lida
Por mais que pareçam ser planejados

E continuo treinando
Nessa arena da vida
Amarrando as sapatilhas
Até a hora da partida

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