quinta-feira, 17 de abril de 2008

BARALHO DA VIDA

BARALHO DA VIDA
(Victtoria Rossini)

Eu lendo
Meu baralho ao vento
Vejo as cartas
Se encaixarem
Na grande mesa da vida
Eu perdendo meu prumo
E me inclinado
Em direção a você
Olho sem acreditar
O sentido expresso
Que elas estão a me ditar

Ergo as saias
Saio apressada
Sei a carta que foi virada
E com olhos temerosos
Olho as nuvens e os sinais.
Sim! Vem viração!
Amarro o lenço
Escondo as lâminas
Afasto o pressagio...

Mas sei...
Como sempre soube
Que um dia alguém chegaria
Mexeria nas estruturas
Que sofridamente arrumei
Pra me desalinhar
Me fazer pensar
Mas também sempre soube
Que se faria amar

E que como agora
Eu não saberia o que fazer
Ou que caminho escolher
Seguro as cartas junto ao peito
Fito o infinito
E me preparo:
Vem viração!

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