BARALHO DA VIDA
(Victtoria Rossini)
Eu lendo
Meu baralho ao vento
Vejo as cartas
Se encaixarem
Na grande mesa da vida
Eu perdendo meu prumo
E me inclinado
Em direção a você
Olho sem acreditar
O sentido expresso
Que elas estão a me ditar
Ergo as saias
Saio apressada
Sei a carta que foi virada
E com olhos temerosos
Olho as nuvens e os sinais.
Sim! Vem viração!
Amarro o lenço
Escondo as lâminas
Afasto o pressagio...
Mas sei...
Como sempre soube
Que um dia alguém chegaria
Mexeria nas estruturas
Que sofridamente arrumei
Pra me desalinhar
Me fazer pensar
Mas também sempre soube
Que se faria amar
E que como agora
Eu não saberia o que fazer
Ou que caminho escolher
Seguro as cartas junto ao peito
Fito o infinito
E me preparo:
Vem viração!
Nenhum comentário:
Postar um comentário