terça-feira, 29 de julho de 2008

VOZ QUE CLAMA NO DESERTO

VOZ QUE CLAMA NO DESERTO
(Victtoria Rossini)

Eu sou a voz
Que clama no deserto.
Na aridez de boa vontade
Nos desertos da incompreensão
No mar insalubre da ilusão

Chamando a consciência
Que retorne a inocência
Da doçura e flexibilidade.
E que as experiências
O tempo, os fracassos, a idade
Não nos consuma
Não nos paralise
Não nos digira
Não nos ejete
Como dejetos
Sem utilidade
Para a cidade
Para os seres
Para o planeta
E para nós mesmos

Pois somos órgãos
De uma unidade perfeita.
E se não desempenharmos
Nosso dever
Nossa missão
O que temos de imediato a nossa frente...
Somos amputados
Substituídos
Por membros ativos
Que reconhecem
E cumprem o seu papel.

Um comentário:

Unknown disse...

Mais uma maravilha, Victtória!! Parabéns pela beleza de poema, amiga!! Bjssss.