Nunca fiz letras Para não me enrolar em formulas Nunca fiz filosofia Para sair livre atrás do conhecimento Nunca exerci só uma profissão Para não me confundir com ela
Posso nunca saber exatamente o que quero Mas sempre sei com certeza Exatamente o que não quero. Sou antítese e busca... As vezes sou prostituta solta Na praça da minha cama Outras a santa que te protege Que apenas ama e encanta
Minha força inigualável Pode te ascender as alturas Ou te esmagar rente ao chão Deixando-te perdido na rua. Sou bastet e sekmeth Sou anjo e sou demônio Sou tua e sou de ninguém. Te prendo porque me convém Por que assim quer o meu desejo.
Se quero estar só... Simplesmente me vou. Detesto mapas Porque ando sem direção E venho E vou Livre no tempo Solta no mundo Como manda o meu coração.
Depois de muito tempo Tendo o corpo e coração Agitado e sacudido Pelo “frisson” das minhas paixões, Por altos, baixos, amores insanos Busca de nada Encontro do que nunca busquei...
Depois de muito tempo Sou criança plácida. Durmo tranqüila Acordo em paz Sabendo que tudo esta no seu devido lugar. Sim...È temporada de paz!
Mas sei. Sou guerreira de mim mesma Desbravadora de mistérios. Amanhã mesmo Levantarei bem cedo E sairei a caça de novas emoções.
Ao deixares alguém no caminho Deixas também tudo O que lhe pertencia. Seus sonhos Sua força Sua energia Sua vida em comum... E segues só! Só com o que sempre fostes Só com o que sempre tivestes, Com o que VOCÊ criou para ti Ao longo da tua jornada. Com tua trouxa nas costas Recomeças a caminhada... Acharás outras paragens Outras fontes para beber Outros sonhos para te alimentar. Mas daquilo que não é teu Não levaras nada. Se a torre cai Se o chão se abre Se os céus relampejam, Faça disso luz Para iluminar tua nova estrada.
Ainda vivo Porque sou poeta. Se não o fosse Já estaria morta Sufocada Pelas minhas paixões.
Me entrego ao sentir E me emocionando vivo. Só me sentindo sei Que ainda sou. Descrever o que sinto É minha compulsão.
E quando vomito as letras Para que saiam pelo mundo Exorcizo os elementos mais profundos, Que habitam e nascem Dentro de mim.
A cada poesia respiro fundo. E recomeça de novo O bailar confuso Da dança insone das palavras Que se agitam dentro de mim.
A poesia é minha válvula de pressão Que alivia a força dos meus sentimentos. Que cadastra e organiza O caos das minhas emoções Para que eu possa me orientar nas encruzilhadas Desse labirinto que é o meu coração.
Invariavelmente A mente variável Vagueia entre o ser e o não ser
E a invasão que se vê E a inversão que se percebe É que os seres pensam Que são o que o que fazem Que são o que tem Que são o que fizeram Que são o que temem Que são o que sonham Que são o que disseram que eles são
E nessa luta De invencionice de papéis O eu sai vencido. O ser se acha até “invendável” E pensa que essa é sua utilidade Se jogando na lata dos lixos
E os ser por ser O ser simplesmente Expressão Passa a ser sinônimo De sentir-se usável: Ao sistema Aos amores Aos senhores Ao mercado
Eu sou o... Profissional em...? Parceiro do...? Dono de...? Filho do...? Sou o que vivi? Sou o que quero ser?
Quando eu estava cansada Desestimulada Achando que já tinha visto tudo Sofrido tudo Vivido tudo... Você chegou!
Me convidou para dançar Riu das minhas dores Desprezou meus temores E me levou a pensar
E pensando achei meus desejos Me libertei dos antigos medos E audaciosa me pus a cantar. Te contei meus desejos secretos Que você sábio e discreto Se pôs a realizar.
Agora me mantém na gaiola Dourada do nosso prazer. Onde não entra vergonha Onde nada é pecado Onde tudo nos é dado Em êxtase e liberdade.
Compartilhamos as idéias A rigidez tirou férias E a alegria voltou. Tudo porque você chegou!
Cravo meu salto em teu peito E estalo o meu chicote. Minha boca grita forte: _Venha! _Eu quero você aqui! A saciar meus desejos Me torturar com teus beijos E desfalecer dentro de mim. Te quero agora e urgente! Para me manter demente Preciso de você quente Do começo até o fim!
Hoje não quero espírito
Quero carne!
Quero mesa farta!
Quero que venhas e reparta
Com tua voz e desejo
O cálice para o bacanal
A orgia do sangue correndo
Quente nas nossas veias
Dos nervos tensos tremendo
Das bocas se procurando
Das nossas mãos se encontrando
Cegas...Seguindo o tato
Deslizando em nossos líquidos.
Quero sentir teu palato
Me enroscar em teus dentes
Sugar a tua língua...
E mirar tua retina
Quando morrer dentro de mim.
Amigo! Olha o que a lua fez comigo: Me postou de castigo Ajoelhada aos pés do prazer. Uivei pra lua Entrei no cio Me desconcentrei Enlouqueci E não quero mais sarar
Agora estou aqui Pedindo bis... O que nunca quis Hoje me domina. E me refestelo No adultério Das minhas paixões.
Tem uma voz em nós Que fala no silencio. E a calamos assim mesmo...
Por causa das convenções Para dirigir nossas decisões Para valorar nossas opções
Mas quando ela grita E todo nosso ser se agita Não tem como não ouvi-la Não tem como não segui-la E obedecer nosso coração.
Não foi uma opção consciente? Não pode seguir em frente? E daí?... É por aí mesmo que eu vou!...
Nunca segui trilhas Sou uma desbravadora Dos meus próprios sentimentos. E eu sigo... Certa? Errada? Errante? Não importa! O importante é que vou!... Para ver as paisagens Que estão a se descortinar.
A voz que grita no meu silêncio Agora já é ouvida Até pela multidão...
Pimenta vermelha Ardida Pulsante Espremida nas feridas Abertas pelo meu chicote Minha língua ferina Esfomeada
Sal nas chagas Que eu mesma causei. Pra que me sinta Me viva E se lembre... Teu corpo que EU acordei Eu mesma mato!
Está marcado. Pra sempre... Só reconhece a minha voz Só obedece as minhas ordens. Sou desejo sem fronteiras Sou fome sem saciedade Sou a imensidão de sensações Que invadiu tua mente.
Sou tua dona Teus delírios Tuas fantasias Teu sonho E também o teu algoz!
Tive que sentir o frio O medo O vazio A reclusão A escuridão da noite... Porque escolhi a lua. O escuro do coração E seus mistérios
Caminhei com ela Paguei o preço De cair em precipícios Conviver com os seres do breu Ver suas faces Ouvir seus gritos Conhecer suas histórias... Porque foi escolha minha!
Hoje que meu sol retorna Sinto e vivo a diferença... A luz O calor A alegria A vida O entusiasmo A felicidade A expansão A fraternidade que abrange todos. E confraternizo: Tive que ter e conhecer um, Para poder reconhecer O valor do outro!
Conheci um guerreiro destemido Olhei-o Admirei-o E o segui... Numa confiança cega Num amor incondicional Mudei toda minha vida para estar com ele Por dias... Por noites... Por meses... Por vidas...
Reconheci e reforcei nele seu poder Preparei-o para o que viria Amei-o!
Mas tive medo De segui-lo em sua nova vida. Levei-o até o limite Da minha floresta dos sonhos E libertei-o de mim Para que seguisse em frente, Pois sabia que agora, lá Ele poderia ser Tudo o que sempre quis ser.
Mas eu nem imaginava O quanto isso poderia me custar Nos custar... As dores Os rancores As saudades As desconfianças O sofrimento da ausência
Ele está lá Sem mim E eu aqui Velando por suas lutas... Torcendo E esperando... Nem eu sei o que... Talvez um milagre.
Te amo! Mesmo que esse hiato de tempo Me cause tanto tormento E que pareça que nunca vai passar. Mas vai! E quando a tormenta se for E cada coisa achar seu lugar Em teus braços vou dormir E ao teu lado vou acordar Como sempre soubemos que seria.
E o nosso amor e sua magia Vai provar a nós mesmos O seu poder e a sua força. Ele vai vencer nossos traumas Derrubar nossos medos E destruir nosso orgulho. Apesar de nós... Ainda seremos felizes. Por causa da força do nosso amor!
Ouse tomar caminhos diferentes Ouse pensar caoticamente Arrisque-se a mudar totalmente. Pelo menos tente... A criatividade é inovação A sanidade é renovação.
Nas novas esquinas não transitadas Tem prêmios inusitados E surpresas inesperadas
Nas revoluções internas Tem auto realização Nas novas necessidades transformações
Saia do lugar comum Que teu ser se acomodou Porque ai esta agradável
A zona de conforto É um lugar morto Regido pela lei da inércia E tecido pelas tramas dos carmas Que você plantou
Pare de percorrer os mesmo caminhos Que você já viu por você mesmo Ser apenas labirintos
Pare tudo e mude a dança Use a dor como trampolim As traições como pé na bunda Para ir parar quilômetros a frente O tempo já perdido Como tempo urgente a recuperar Use os erros como experiência do que não fazer
Faça! Ouse! Atreva-se a ser quem você sempre quis ser! Supere-se!... Mas jogue-se na vida Como se não houvesse amanha E você só tivesse uma chance para acertar.... O que você faria?
Sou corpo incendiado Morada do pecado Espalhando minhas fagulhas. Um resto de lembranças Um beijo ou uma dança E já ardo nas alturas. Sou mulher fácil...Se for pra ti! Por isso não resisti E te espero em tua cama.
As promessas não esqueci Por isso estou aqui Para dar o que te pertence: Minha mente Meu corpo Meu fogo Meu amor que arde e o gozo De ser tua mais uma vez.
Não se engane: As vezes estar só É estar bem É se achar È estar consciente É estar completo... Estar só nem sempre é solidão.
Porque o meu companheiro Não sou eu Porque o meu trabalho Não sou eu Porque os meus objetivos Não sou eu Porque os meus sonhos Não sou eu Porque minha grana Não sou eu...
São restos de mim São extensões São elos que me prendi Mas não são o meu EU
Às vezes a vida Nos afasta disso tudo Num ato de misericórdia Para que não nos percamos Daquilo que realmente importa: “Nós mesmos!”
Porque correndo atrás dos outros Nos envolvendo pelas coisas Nos confundindo com nossos sonhos Podemos perder de vista Nosso verdadeiro ser Esquecendo- nos de quem somos Qual o real valor das coisas E o que viemos fazer aqui.
Às vezes, ela, a vida Num extremo ato de amor Nos deixa só Para que possamos nos reencontrar... Porque não há destino pior Do que perder a si mesmo!