domingo, 17 de agosto de 2008

ARDIDA

ARDIDA
(Victtoria Rossini)

Pimenta vermelha
Ardida
Pulsante
Espremida nas feridas
Abertas pelo meu chicote
Minha língua ferina
Esfomeada


Sal nas chagas
Que eu mesma causei.
Pra que me sinta
Me viva
E se lembre...
Teu corpo que EU acordei
Eu mesma mato!

Está marcado.
Pra sempre...
Só reconhece a minha voz
Só obedece as minhas ordens.
Sou desejo sem fronteiras
Sou fome sem saciedade
Sou a imensidão de sensações
Que invadiu tua mente.

Sou tua dona
Teus delírios
Tuas fantasias
Teu sonho
E também o teu algoz!

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