INVERSÕES
(Victtoria Rossini)
Invariavelmente
A mente variável
Vagueia entre o ser e o não ser
E a invasão que se vê
E a inversão que se percebe
É que os seres pensam
Que são o que o que fazem
Que são o que tem
Que são o que fizeram
Que são o que temem
Que são o que sonham
Que são o que disseram que eles são
E nessa luta
De invencionice de papéis
O eu sai vencido.
O ser se acha até “invendável”
E pensa que essa é sua utilidade
Se jogando na lata dos lixos
E os ser por ser
O ser simplesmente Expressão
Passa a ser sinônimo
De sentir-se usável:
Ao sistema
Aos amores
Aos senhores
Ao mercado
Eu sou o...
Profissional em...?
Parceiro do...?
Dono de...?
Filho do...?
Sou o que vivi?
Sou o que quero ser?
E hoje
Aqui
Sem essas “tags”
Sou quem?
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