domingo, 7 de dezembro de 2008

CRENÇAS


CRENÇAS
(Victtoria Rossini)

Como posso aceitar crenças
De tanta tradição
Mas tão poucos argumentos
De dogmas baseados em poder
E salvação baseada em tormentos

Minha fé
Não é fé cega
Ela vê
Com olhos de infinito
Sabe até o que nunca foi dito
E prova a si mesma linha a linha
Os fundamentos do que acredito

Mas mesmo assim...
Ela é só um barco.
Minha crença não é meu destino.
Amanhã mesmo a abandonarei
E seguirei sem remorsos meu caminho.

Ela me é útil hoje
Para traduzir esse mapa.
Logo ali minha bússola é outra
E será outro meu norte.

Tudo o que exijo de mim
É que eu continue livre
Inquieta
Revolucionária
Sem seguir a manada.

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